Poupança e Investimento
Uma das principais dúvidas acerca das finanças pessoais é: como poupar meu dinheiro? Como fazer investimentos para colher de forma positiva no futuro?
Portanto, se este também é um dos seus questionamentos, não se preocupe! De acordo com a Forbes, em 2020, mais de 60% dos brasileiros não realizam investimentos por falta de conhecimento sobre o mercado financeiro. Entretanto, permanecer na escuridão acerca das possibilidades de investimento e poupança já não são alternativas viáveis. Portanto, vem com a gente e saiba mais sobre como guardar seu dinheiro de acordo com seus objetivos futuros.
A poupança é um tipo de aplicação financeira de baixo risco, que envolve a possibilidade de liquidez imediata, ou seja, você pode realizar o saque do seu dinheiro a qualquer momento. Trata-se do método de aplicação favorito entre os brasileiros, que possui isenção do imposto de renda (IR) sobre os rendimentos adquiridos.
Quando você aplica um dinheiro em uma poupança, você está emprestando o valor para uma instituição que vai retorná-lo com acréscimo de juros de acordo com o tempo aplicado. Um dos pontos importantes sobre a poupança é que ela não pode ser modificada de acordo com o gosto do banco, ou seja, todo valor de rendimento é pré-estabelecido pelo governo e um banco não pode fornecer mais ou menos taxas de juros sobre uma poupança que o outro.
Isso acontece, pois toda a taxa de poupança precisa estar abaixo do valor da taxa Selic, já que o próprio governo também possui seus próprios meios de pegar dinheiro emprestado através dos títulos públicos. Além disso, a poupança possui a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), dessa forma, se a instituição financeira ao qual você realizou o investimento quebrar, o FGC garante a sua quantia investida, limitada até 250 mil por CPF.
São por estes motivos que a poupança é até hoje a queridinha de aplicação financeira dos brasileiros. Entretanto, é importante lembrar que existem outros meios de investimento que podem ser utilizados com a garantia do FGC e a liquidez imediata fornecida pela poupança.
Quer aprender um pouco mais sobre o assunto? Então vem com a gente.
Como dito anteriormente, a poupança ainda é a principal forma de aplicação utilizada pela população brasileira. Entretanto, este meio de investimento sofre diretamente com a inflação do país e por isso está cada vez menos atraente para os investidores.
CDB - Certificado de Depósito Bancário
É um título de renda fixa emitido pelos bancos para captar dinheiro e financiar suas atividades, de forma que, o próprio banco realizará a devolução do dinheiro com o acréscimo de juros de forma pré-estabelecida no momento da contratação do serviço. A sua principal vantagem está nas taxas de rentabilidade serem maiores do que as disponibilizadas por poupança.
Além disso, também é possível fazer a retirada caso você opte pela aplicação de CDB diária. É importante salientar ainda, que este tipo de investimento também é garantido pelo FGC, logo, você tem a garantia de até 250 mil reais caso o banco sofra um processo de falência.
Para realizar este tipo de aplicação financeira você necessita ter uma conta no banco de sua escolha, para então realizar o seu investimento através do aplicativo ou site da instituição. É importante que você saiba em qual CDB estará aplicando, visto que este meio de investimento possui 3 variações distintas.
O primeiro é o CDB pré-fixado. Aqui, as taxas de juros já são definidas no momento da realização do contrato. Para realizar o cálculo de rendimento desta aplicação você poderá utilizar o conceito de juros compostos acima do valor inicial aplicado, de acordo com o período desejado.
O segundo tipo de CDB é o pós-fixado. Neste, a taxa de rendimento é definida a partir da porcentagem de um indicador, como o CDI. Este tipo de investimento é indicado quando existe o objetivo de montar um fundo de reserva de emergência ou ainda, quando a perspectiva da taxa de juros do país está em ascensão.
Já o CBD híbrido, ocorre quando parte dos juros é pré-estabelecida no momento de aplicação e a outra parte é definida acima de um índice de inflação. Esta aplicação é indicada para a proteção do patrimônio, visando a manutenção do poder de compra.
Entretanto, é importante também salientar as desvantagens deste tipo de investimento. O CDB é um tipo de aplicação que sofre com Imposto de Renda retido na fonte, seguindo a tabela regressiva. Dessa forma, é importante estar sempre atento às tributações sobre o rendimento. Além disso, o desempenho sobre a aplicação pode atuar entre bancos, o que exige uma maior pesquisa relacionada a aplicação financeira de maior rentabilidade. É importante destacar ainda que existe a possibilidade de serem cobradas taxas de administração do investimento pelas instituições financeiras.
Tesouro Direto
Fundo de renda fixa que tem como objetivo a venda de títulos de dívida pelo governo federal. Este programa foi criado em 2002 pelo Tesouro Nacional, juntamente com a Bolsa de Valores brasileira. O objetivo principal do programa foi a captação de recursos para o financiamento das atividades do governo, através da venda de títulos.
Apesar de não ser garantido pelo FGC, o Tesouro Direto é considerado um dos fundos de investimentos mais seguros do país, visto que, ele é emitido diretamente pelo Tesouro Nacional.
Existem três tipos de aplicações possíveis para o Tesouro Direto, sendo elas bem similares às disponíveis pelo CDB. São elas:
Tesouro Pré-Fixado (LTN e NTN-F)
É um tipo de aplicação que possui a taxa de rendimento pré-definida no momento em que a aplicação é realizada. É importante salientar que este tipo de investimento pode ser retirado apenas no período de vencimento, caso seja aplicado na modalidade LTN, ou a cada seis meses, caso seja aplicado na modalidade NTN-F.
Este é um tipo de investimento indicado para pessoas que desejam obter maiores rentabilidades que aquelas fornecidas pela poupança, sem precisar abrir mão da segurança e baixo riscos disponibilizados por ela. O indicado é que este investimento seja realizado quando ocorre uma baixa na taxa Selic.
Tesouro Selic (LTF)
Trata-se de um fundo pós-fixado onde a variável de rendimento é definida a partir da taxa Selic, desde o momento de aplicação, até o seu vencimento. Neste caso o valor é devolvido com aplicação de juros no momento definido para vencimento, não sendo possível realizar a retirada antecipada.
Além disso, é importante salientar que como o próprio nome sugere, o melhor momento de aplicação neste fundo está nos momentos de aumento da taxa Selic. É importante destacar ainda que existe um valor mínimo de aplicação para quem deseja investir neste fundo.
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal e NTN-B)
É a modalidade de título híbrido disponível do tesouro direto. Trata-se de um fundo onde parte da taxa de rentabilidade é calculada pelo IPCA e a outra parte fixa é determinada no momento da aplicação. Com relação a retirada do valor, quando se trata do NTN-B Principal, a retirada do investimento pode ser realizada apenas no vencimento estabelecido. Já na modalidade NTN-B o saque do investimento pode ser feito a cada seis meses.
Este é um investimento indicado para quem deseja uma boa rentabilidade sem sofrer com as oscilações provenientes da inflação nacional. Além disso, por se tratar de um fundo federal, os possíveis riscos de investimento são mínimos.
LCI e LCA
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são dois tipos de fundos de renda fixa que se assemelham ao CDB. Ambos se tratam de métodos de investimento seguros pelo FGC que se diferem apenas no tipo de lastro do papel.
Enquanto o LCI é destinado para a carteira de empréstimos do setor do mercado imobiliário, o LCA é destinado para o setor do agronegócio, sendo concedido a produtores rurais ou cooperativas, incluindo financiamento de produção, comercialização ou industrialização de produtos do agronegócio.
É importante salientar que neste tipo de investimento também existem 3 tipos de modalidades de aplicação, sendo elas:
Letras pré-fixadas: o investidor recebe a taxa definida no momento da aplicação e o seu rendimento pode ser calculado de acordo com o valor investido. Ou seja, assim como nos exemplos pré-fixados citados anteriormente, neste caso o investidor já tem ciência de qual valor será recebido no momento de retirada da aplicação.
Letras pós-fixadas: trata-se de um modelo de aplicação onde o investidor terá conhecimento apenas de qual taxa será aplicada no seu valor investido. Dessa forma, é comum que seja utilizada a taxa CDI para este tipo de investimento, sendo que o retorno da aplicação seguirá as oscilações provenientes da taxa aplicada.
Letras atreladas à inflação: é o tipo de modalidade que se assemelha ao híbrido das citadas anteriormente. Ou seja, aqui, o valor investido terá um rendimento pré-fixado, definido no momento de aplicação, e um pós-fixado, definido por um índice de inflação definido, onde o mais comum é a utilização da taxa IPCA ou IGP-M).
É importante destacar que existem diversos tipos de fundos de investimento disponíveis no mercado. A escolha da melhor opção de investimento dependerá diretamente do seu padrão de vida e dos objetivos e metas estabelecidos ao realizar este tipo de aplicação financeira.
Caso você esteja iniciando a sua trajetória no mundo dos investimentos, recomendamos que busque pelas opções mais seguras disponíveis no mercado, evitando assim a perda de grandes quantias de dinheiro gerados pelos altos riscos monetários.
O ideal é que neste momento de variação de conhecimento você procure as corretoras de valores, ou ainda converse com alguns especialistas sobre as melhores opções de investimento para o seu perfil financeiro.
Um dos principais aliados para que você realize essas atividades são as próprias instituições financeiras. Elas poderão sanar as suas principais dúvidas acerca das taxas de juros, liquidez e rendimento do fundo a ser investido. Eles também serão capazes de te auxiliar no processo de cálculo do rendimento, para que você saiba exatamente qual o valor será recebido (caso este seja um fundo pré-fixado) ou quais as possíveis variações obtidas caso ocorra uma oscilação nas taxas pós-fixadas.
E não se esqueça, caso você ainda não esteja confiante para realizar este tipo de transação, sempre existirá a possibilidade de aplicar o seu dinheiro na sua poupança. O mais importante ao investir e guardar dinheiro está na garantia da sua segurança e conforto.
Portanto, antes de realizar qualquer aplicação financeira, saiba qual o seu perfil de risco de acordo com os conceitos estabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliário (CMV):
Conservador: prioriza a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, aceitando, inclusive, uma rentabilidade menor para os seus investimentos.
Moderado: procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade e está disposto a correr certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais do que as aplicações mais seguras.
Arrojado: privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos para que seu investimento renda o máximo possível.
Apesar da definição do seu perfil ser importante para selecionar as principais opções de investimento que se encaixem com seus objetivos, este deve ser apenas um conselho, ou seja, é proibido por lei que qualquer corretora de valores te induza ou obrigue a fazer aplicações contra a sua vontade.
Além disso, para garantir que os seus objetivos caminhem rumo às conquistas, você precisará estar sempre acompanhando os resultados do seu investimento. Um erro muito comum entre os investidores iniciantes está na negligência das suas aplicações, desta forma você perde a noção do que está realmente acontecendo com o seu dinheiro.
Agora que você já ouviu um pouco sobre este imenso universo das poupanças e investimentos, chegou a hora de aprimorar um pouco mais os seus conhecimentos financeiros. A partir de agora, vamos entender como utilizar esses artifícios que você aprendeu ao longo do curso no seu planejamento financeiro.
Isso mesmo! Assim como as despesas, as rendas e as dívidas adquiridas ao longo da sua vida, a poupança e o investimento de capital também devem ser diretamente registrados no seu planejamento financeiro, visto que eles influenciam diretamente no padrão de vida e poder de compra.
Este artigo pertence ao Curso de Finanças Pessoais
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