Antes da chegada dos profissionais médicos, primeiros socorros é o nome dado ao atendimento prestado à vítima.
Isso inclui também o tratamento de lesões leves, como arranhões e pequenas queimaduras.
Existem muitas situações em que os primeiros socorros podem ser aplicados – desde o tratamento de ferimentos leves até a recuperação rápida da saúde após um grande trauma.
Durante a viagem para o hospital, os cuidados devem ser prestados até que o paciente esteja estabilizado.
Isso ocorre porque algumas situações de risco de vida, como ataques cardíacos e fraturas ósseas, exigem cuidados imediatos para evitar a morte.
Além disso, queimaduras graves e paradas cardiorrespiratórias requerem atenção imediata para a manutenção da vida.
A importância de conhecer Primeiros Socorros
As pessoas que são treinadas profissionalmente para prestar primeiros socorros são chamadas de socorristas.
Desse modo, esse profissional é o principal responsável pelo atendimento, mas na ausência de pessoal qualificado, qualquer pessoa com habilidades em primeiros socorros pode ser fundamental para salvar vidas.
Por isso, é muito importante que todos tenham interesse em buscar conhecimento sobre o assunto.
Pensando em todas essas situações, separamos alguns tópicos de primeiros cuidados para desenvolver ao máximo o entendimento do vigia escolar nesses momentos.
A seguir, mostraremos o passo a passo de primeiros socorros destinados a algumas situações de acordo com a CPMN Pré Militar: Primeiros Socorros.
1. Básicos
Cada situação emergencial demanda um cuidado diferente, por mais que alguns cuidados sejam inerentes a todas as situações.
Contudo, em casos específicos, é fundamental chamar a atenção para algo que sempre deve ser conferido pelos vigias: a regra dos 3 C.
É extremamente essencial verificar o ambiente ao redor.
Tem risco de fogo? Há fios soltos? Tem fumaça tóxica de produtos químicos? Gases inflamatórios?
Em casos de risco à sua vida, não adianta você tentar socorrer, pois estará em perigo também.
Para esses casos, é recomendado chamar imediatamente os serviços de emergência, como os bombeiros, polícia e ambulâncias.
Os profissionais são treinados para essas situações de risco e saberão como agir, sem se colocar em risco também.
Se você não estiver em perigo imediato, peça ajuda.
Grite para que alguém o ouça, mas certifique-se de que a ajuda esteja a caminho o mais rápido possível.
Tratar primeiros socorros é apenas o início dos cuidados, pois geralmente as vítimas requerem cuidados adicionais que não podem ser deixados de lado.
É importante manter a vítima viva e calma quando a ajuda profissional está a caminho.
Também é crucial garantir que a vida da vítima não seja ameaçada por fatores externos.
Isso pode ser feito através de cuidados físicos e emocionais.
É imperativo que você permaneça calmo ao ajudar uma vítima. Fale com a vítima se a notar consciente e alerta.
Além disso, certifique-se de verificar seus sinais vitais e condições. Se a ajuda estiver a caminho, não grite ou corra.
2. Derrame
Devemos primeiro aprender a identificar um AVC, que é o primeiro passo no tratamento de uma pessoa com deficiência causada por ele.
Uma vítima de derrame pode sentir perda de sensibilidade em um lado do corpo ou sofrer diminuição da força muscular que faz com que caia.
Você pode verificar se há indícios de que alguém está tendo um derrame pedindo que levantem os braços, sorriam e digam algumas palavras.
É importante notar que alguém está confuso, tem uma forte dor de cabeça ou não consegue mover os braços.
Se a vítima estiver consciente, é importante falar com ela para que ela saiba que a ajuda está a caminho e que ela será transportada para o hospital em breve.
Depois disso, verifique se a vítima está respirando e se seus batimentos cardíacos estão presentes.
Também é necessário entrar em contato com o 192 imediatamente e avaliar a condição da vítima enquanto ela ainda aguarda ajuda.
Se a vítima estiver inconsciente e respirando, coloque-a de lado e aguarde socorro.
Se a vítima estiver inconsciente e sem respiração, faça a massagem cardíaca o mais rápido possível para respirar novamente.
3. Hipoglicemia
Qualquer pessoa pode sofrer de hipoglicemia, que é definida como baixo nível de açúcar no sangue.
Esta condição geralmente ocorre em pacientes adultos com diabetes ou outras condições que causam diminuição da produção de insulina.
Os sintomas de hipoglicemia incluem sudorese intensa, batimentos cardíacos acelerados, tremores, formigamento nos lábios e fome extrema.
Quando uma vítima está inconsciente, o melhor curso de ação é deitá-la na posição lateral de segurança. Também é aconselhável administrar açúcar a vítimas inconscientes ou fornecer balas para chupar.
Se a vítima estiver consciente e capaz de comer, deve ser dado um copo de suco de frutas para beber.
4. Quedas
As quedas geralmente ocorrem quando alguém escorrega no chão molhado ou pisa em algo. Alguém também pode ser tropeçado por uma escada ou cadeira.
Se uma pessoa desmaiou ou parece inconsciente, ela precisa ser avaliada imediatamente.
Recomenda-se chamar os serviços de emergência; no entanto, transportá-los para o hospital é imperativo.
É importante examinar as lesões quando a vítima estiver consciente e alerta.
Lesões graves podem exigir atenção médica imediata ou a vítima ser transportada para o hospital ou sala de emergência para tratamento de feridas abertas ou ossos quebrados.
A vítima deve ser levada ao hospital ou pronto-socorro o mais rápido possível se apresentar sonolência, vômito ou redução da velocidade cognitiva.
É importante manter a vítima acordada e tranquilizá-la no caminho para a estabilização.
5. Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)
A ressuscitação cardíaca pode aumentar significativamente a chance de sobrevivência de qualquer pessoa que tenha sofrido uma parada cardíaca.
Qualquer pessoa pode aprender a realizar este procedimento.
Até mesmo quem vê a situação, fica muito assustado e pode levar muito tempo para agir quando alguém sofre uma parada cardíaca.
No entanto, a American Heart Association afirma que quem vê isso deve agir rapidamente. Cada minuto sem ajuda diminui a chance de sobrevivência em 10%.
As ações de ressuscitação podem aumentar as chances de sobrevivência em até ou até triplicar!
Para atendimento, disque 192. Caso a cidade não tenha Samu, entre em contato com o Corpo de Bombeiros ou algum serviço de emergência disponível na região.
Em seguida, comece a realizar a
RCP:\
- Verificar os sinais de respiração pelo tórax ou sons. Se não respira ou está com dificuldade, deite-a de barriga para cima na superfície rígida.
- Ajoelhe-se ao lado da vítima e localize o centro do tórax, entre os mamilos.
- Posicione os braços estendidos com os dedos entrelaçados, colocando uma mão sobre a outra, apoiando-se no centro do tórax.
- Mantenha os braços esticados e use o peso do corpo para fazer compressões rápidas e fortes.
- Inicie compressões com a frequência de 100 por minuto (ou seja, 5 compressões a cada 3 segundos), comprimindo o tórax na profundidade de, no mínimo, 5 cm para adultos e crianças e 4 cm para bebês.
A manobra de ressuscitação cardiopulmonar deve permanecer até a chegada da ambulância ou se houver resposta da vítima.
Evidências comprovam que há redução de mortalidade em pessoas que receberam de forma imediata, a ressuscitação cardiopulmonar por voluntários e, devido a isso, tiveram preservadas suas funções cardíacas e cerebrais.
6. Desmaio
O desmaio é caracterizado pela perda súbita, temporária e repentina da consciência. De modo geral, ocorre devido à diminuição de sangue e oxigênio no cérebro.
Os sintomas geralmente envolvem fraqueza, suor frio abundante, palidez, pressão arterial baixa, extremidades frias, tontura e escurecimento da visão.
Os primeiros socorros para essas situações devem ser:
A) Se a pessoa apenas começou a desfalecer (cair):
- Sentá-la em uma cadeira, ou outro local semelhante.
- Curvá-la para frente.
- Baixar a cabeça do acidentado, colocando-a entre as pernas e pressionar a cabeça para baixo.
- Manter a cabeça mais baixa que os joelhos.
- Fazê-la respirar profundamente, até que passe o mal-estar.
B) Havendo o desmaio:
- Manter o acidentado deitado, colocando sua cabeça e ombros em posição mais baixa em relação ao resto do corpo.
- Afrouxar a sua roupa.
- Manter o ambiente arejado.
- Se houver vômito, lateralizar-lhe a cabeça, para evitar sufocamento.
7. Convulsão
É uma contração violenta ou série de contrações de um músculo voluntário, com ou sem perda de consciência.
Podemos encontrar isso em indivíduos com histórico de epilepsia ou qualquer indivíduo com alguma disfunção.
Especificamente, podemos ver convulsões em trabalhadores expostos a produtos químicos convulsivos, como pesticidas clorados e óxido de etileno.
Os sintomas variam por hipoglicemia, alcalose, traumatismo na cabeça, edema cerebral, tumores, epilepsia e dentre outros.
O movimento descontrolado geralmente dura de 2 a 4 minutos e depois enfraquece gradualmente, e a pessoa ferida se recupera gradualmente.
A gravidade e a duração desses ataques podem variar.
Depois de se recuperar de uma convulsão, ocorre perda de memória, que se recupera mais tarde.
Os primeiros socorros para essa situação deve ser:
- Tente evitar que a vítima caia desamparada, tome cuidado para não traumatizar a cabeça, e tente encaixá-la com cuidado colocando-a no chão.
- Remova as próteses removíveis (pontes, dentaduras) e quaisquer detritos da boca.
- Retirar quaisquer objetos que possam ferir a vítima e mantê-la afastada de locais e ambientes potencialmente perigosos como: escadas, portas de vidro, janelas, fogo, eletricidade, máquinas em funcionamento.
- Não interfira nos movimentos de contração, mas certifique-se de que a vítima não está se machucando.
- Afrouxe a roupa do pescoço e da cintura da vítima.
- Vire o rosto da vítima para o lado para evitar asfixia por vômitos ou secreções.
- Não coloque nada duro entre os dentes da vítima.
- Tente colocar um pano ou lenço enrolado entre os dentes para evitar morder a língua.
- Quando a convulsão tiver passado, faça a vítima deitar-se até que esteja totalmente consciente e com autocontrole.