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Principais técnicas de primeiros socorros

Fonte: RossHelen / Reprodução: Canva Pro. 

Aqui estão algumas das principais técnicas de primeiros socorros que o cuidador escolar deve conhecer e estar preparado para aplicar em diferentes situações. Lembre-se de garantir que haja alguém contatando o socorro (como o 192) mesmo que você inicie os procedimentos a seguir:

1. Avaliação Primária (Avaliação Inicial da Vítima)

  • Avaliar a cena: Antes de prestar qualquer socorro, o cuidador deve garantir que o local onde o aluno se encontra é seguro, evitando riscos para ambos (como fios soltos, vidros quebrados ou qualquer outra ameaça).
  • Avaliar a consciência: verifique se o aluno está consciente ou inconsciente chamando seu nome e observando sua reação.
  • Verificar respiração e pulso: caso o aluno não esteja consciente, a primeira coisa a ser feita é verificar se ele está respirando e se o coração está batendo. Isso é feito observando a movimentação do peito e sentindo o pulso na área do pescoço ou do pulso.

2. Engasgo

  • Se a criança começar a apresentar sinais como coloração roxa, choro fraco ou ausência de choro, e ficar mole, isso pode indicar que há uma obstrução nas vias respiratórias. Em casos de engasgo, especialmente em crianças pequenas, é essencial agir rapidamente. 
  • Não se deve tentar abrir a boca do bebê ou colocar o dedo na garganta para retirar o objeto, a menos que ele esteja visível. Se o aluno estiver tossindo, incentive-o a continuar, pois isso pode ajudar a expelir o objeto.
  • Deve-se ligar imediatamente para o Samu ou para os bombeiros e, se o aluno não conseguir respirar, nem mesmo tossir ou falar, deve-se realizar a Manobra de Heimlich. Esta técnica consiste em pressionar o abdômen da pessoa, com movimentos rápidos para cima, na tentativa de expulsar o objeto que está bloqueando as vias aéreas.
  • Para crianças menores de um ano, a técnica muda, e o cuidador deve realizar golpes leves nas costas do bebê, seguidos de compressões torácicas suaves. 
  • Coloque o bebê de cabeça para baixo sobre seu antebraço ou coxa e dê cinco batidas firmes nas costas, com o objetivo de desalojar o objeto. Em seguida, vire o bebê e, caso o objeto esteja visível, retire-o cuidadosamente com os dedos.
  • Se o objeto ainda não estiver visível ou a criança continuar apresentando dificuldades respiratórias, faça cinco compressões torácicas, utilizando dois dedos posicionados no centro do peito, entre os mamilos, e pressione contra o tórax. Continue alternando entre os golpes nas costas e as compressões torácicas até que o objeto seja expelido ou o socorro chegue.

Demonstrações:

a) Manobra em crianças maiores de 1 ano e adultos


Fonte: G1 / Reprodução: Internet.

b) Manobra em bebês


Fonte: O imparcial / Reprodução: Internet.

3. Parada Cardiorrespiratória (RCP)

  • Se o aluno perder a consciência e não apresentar respiração ou pulso, o cuidador escolar deve iniciar a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) imediatamente. Essa técnica envolve compressões torácicas intercaladas com ventilações (respiração boca a boca).
  • Para crianças, o ritmo ideal é de 30 compressões torácicas para cada 2 ventilações. As compressões devem ser realizadas com as mãos no centro do peito, empurrando o esterno para baixo com força moderada e rápida.
4. Cortes e Hemorragias

  • Em casos de cortes superficiais, deve-se lavar a área com água corrente limpa para remover sujeiras e germes, e aplicar um curativo adequado. Em cortes maiores ou profundos, a compressão direta sobre o local com um pano limpo ajuda a estancar o sangramento até que a assistência médica possa ser prestada.
  • Se houver uma hemorragia significativa, é importante manter a pressão no local para minimizar a perda de sangue e manter o aluno deitado com as pernas elevadas para garantir a circulação sanguínea no corpo.
5. Fraturas e Entorses

  • Quando se suspeita de uma fratura, o membro afetado não deve ser movimentado, e a área deve ser imobilizada utilizando um suporte improvisado (como uma régua ou pedaço de madeira) até que o atendimento médico possa ser acionado.
  • Para entorses, é recomendado aplicar gelo no local para reduzir o inchaço e a dor. A elevação do membro lesionado também pode ajudar.
6. Convulsões

  • Durante uma convulsão, o cuidador deve garantir que o aluno não se machuque. Deve-se afastar objetos ao redor e proteger a cabeça do aluno, mas nunca tentar conter seus movimentos ou forçar a abertura da boca.
  • Após o término da convulsão, o aluno deve ser colocado de lado, na posição de recuperação, e a ajuda médica deve ser chamada imediatamente.
7. Crises Alérgicas e Anafilaxia

  • Alunos com alergias severas (a alimentos, picadas de insetos ou medicamentos) podem ter uma reação alérgica grave chamada anafilaxia, que pode causar inchaço, dificuldades respiratórias e queda de pressão arterial.
  • O cuidador deve saber identificar os sinais precoces de uma reação alérgica, como urticária e dificuldades respiratórias, e agir rapidamente. Se o aluno tiver um autoinjetor de epinefrina (adrenalina), o cuidador deve saber como administrá-lo corretamente e acionar imediatamente a emergência médica.
8. Desmaios

  • Em caso de desmaio, o aluno deve ser deitado de costas com as pernas elevadas para promover o fluxo sanguíneo para o cérebro. O cuidador deve manter o aluno deitado até que ele recobre a consciência. Caso o desmaio dure mais de um ou dois minutos, ajuda médica deve ser acionada.


Este artigo pertence ao Curso de Cuidador Escolar

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