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Tipos de Drenagens Linfáticas

A drenagem linfática não é única e absoluta, existem alguns tipos e eles podem ser mais indicados para determinadas situações. Na maioria das vezes as técnicas são complementares, e o uso isolado de determinada massagem ou utilizar apenas equipamentos pode reduzir a eficiência e não agradar a(o) cliente ou atender a sua necessidade.

  • Drenagem Linfática Manual (DLM)

A drenagem linfática terapêutica é uma “massagem” embasada em muita técnica, é realizada através de pressões suaves e movimentos lentos, precisos e inclinados. As pressões feitas na pele direcionam os líquidos carregados de toxinas do corpo para os órgãos do sistema linfático, como os linfonodos, onde serão absorvidos e depois eliminados do corpo humano.

A Drenagem Linfática Manual atua não apenas no local da massagem, mas seus movimentos perpetuam em todo o sistema linfático, promovendo assim a redução do inchaço pós operatório e a redução do desconforto como foi dito anteriormente, além disso ela ainda promove uma desintoxicação com melhora também no sistema imunológico.

O método Vodder de Drenagem Linfática é um grande exemplo da prática nessa drenagem. Este é um método bastante utilizado, pois é de fácil aplicação, baixo custo e não necessita de equipamentos específicos, ele diferencia-se por possuir quatro tipos de movimentos: círculos fixos (A), movimentos de bombeamento (B), movimentos do doador (C) e movimento giratório ou de rotação (D), todos realizados de 5 a 7 vezes no mesmo lugar como está representado na imagem:

Imagem Interna

Em relação aos movimentos dos círculos fixos, estes são movimentos circulares com os dedos, eles promovem o estiramento do tecido causando uma pressão e retirada da pressão, visando à captação da linfa por meio da massagem manual com a mão espalmada sobre a pele e realizando movimentos circulares com os dedos.

Já movimento de bombeamento é uma manobra manual cujo as mãos são posicionadas no tecido a ser drenado, iniciando movimentos ondulatórios, o direcionamento da manobra deve ser no sentido dos vasos linfáticos, com pressões decrescentes da palma da mão para os dedos de forma não contínua de compressão e retirada da pressão.

Paralelo a isso, o movimento do doador tem o posicionamento das palmas das mãos perpendicularmente às vias de drenagem, os movimentos devem se repetir de imediato na região adjacente à região manipulada, baseada em manobras que consistem em arrastar, combinando vários movimentos, e podem ser posicionadas proximal ou distal, seguindo sempre o fluxo da linfa.

E por último, o movimento giratório (ou de rotação), neste caso, o posicionamento da região palmar do profissional fica sobre a superfície a ser drenada com movimentos de desvio ulnar com as mãos no sentido da drenagem proposta e todas as manobras devem ser realizadas totalizando de 5 a 7 movimentos.

Atenção: As manobras devem ser baseadas em ritmos uniformes e lentos, para que a pessoa obtenha sensações agradáveis e relaxantes. O método deve ser realizado na frequência determinada e tempo indicado, sempre obedecendo ao sentido da circulação linfática de retorno, como foi dito anteriormente para não sobrecarregar o membro afetado, aumentando a absorção com a pressão adequada e suficientemente para propulsionar o líquido do interstício para dentro dos capilares linfáticos e assim serem conduzidos para fora.

  • Terapia manual 

A terapia manual se refere a manipulações, pompagens, mobilizações e exercícios específicos com objetivo de estimular a propriocepção (cinestesia), produzir elasticidade a fibras aderidas, estimular o líquido sinovial e por fim auxiliar na redução da dor. 

Visa principalmente tratar áreas de aderência, fibrose e irregularidades. Essa técnica se mostrou ao longo dos anos indispensável para uma recuperação de qualidade. Apesar de parecer mais simples, ela exige muita percepção tátil do profissional, pois pode ser empregada desde o primeiro atendimento.

Atenção: As manobras devem ser feitas com cautela, já que  uma escolha inadequada da manobra, intensidade e frequência podem gerar efeito contrário ao desejado.

A pompagem é uma das  técnicas de terapia manual. Mais especificamente, ela aproveita o tensionamento e os ciclos respiratórios, com a finalidade de tratar ou minimizar as contraturas e tensões dos tecidos, dos quais são os causadores de dores permanentes ou não permanentes de forma a dificultar a qualidade de vida.

Para a realização da pompagem lombar, por exemplo, o paciente posiciona-se sobre a maca em decúbito dorsal (de barriga para cima com a cabeça levemente acima do nível dos pés) com as mãos ao lado do corpo, e o profissional ajoelhado em cima da maca de frente para o paciente realiza flexão de quadril e joelho levando os membros inferiores do paciente em direção ao tórax, mantendo o tensionamento, assim como mostra a imagem abaixo:

  • Liberação Tecidual Funcional (LTF)

Esta técnica é baseada em conceitos da terapia manual e estudos científicos sobre uso de tensão mecânica manual em tecidos cicatriciais. Paralelo a isso, tal técnica possui como principal objetivo reorganizar as estruturas dos tecidos e devolver a flexibilidade e funcionalidade ao local afetado.

 Este é um conceito de tratamento manual específico para fibroses e aderências que respeita os princípios da mecanobiologia e neurofisiologia dos tecidos cicatriciais para prevenir fibroses (pós-operatório imediato) e para tratar fibroses (pós-operatório tardio).

A aplicação da técnica exige grande conhecimento, percepção e sensibilidade tátil do profissional. Também é um recurso muito eficiente nas aderências causadas principalmente pelas lipoaspiração e cirurgias plásticas e/ou reparadoras. O profissional realiza movimentos manuais contínuos, firmes e prolongados, mobilizando a região que necessita de atenção e tratamento. Isso gera uma tensão mecânica sobre o tecido em disfunção que, em resposta, modifica sua estrutura.

A sua indicação de aplicação é focada na realização de 1 a 2 vezes por semana, de acordo com cada caso. Sendo assim, toda a prescrição da técnica deve ser feita de forma personalizada e observando as necessidades de cada paciente em questão.


  • Radiofrequência

A radiofrequência é um procedimento que utiliza a temperatura para estimular a produção de colágeno e elastina no organismo, podendo ser aplicado tanto na região da face, quanto no corpo também. Entre seus objetivos, é possível destacar o combate às rugas, linhas de expressão e a diminuição da flacidez no rosto, no corpo, estrias, redução de celulites e gordura localizada, ela melhora a microcirculação e a oxigenação, acelera a eliminação de toxinas e hidrata a pele.

Ou seja, o meio pelo qual essa técnica é feita é um aparelho que é capaz de realizar essas funções que além de massagear também fornece outros tipos de atuações, diferentemente do uso da mão como foi visto anteriormente.

Atenção: A radiofrequência é um procedimento seguro e com baixos riscos, no entanto não deve ser realizado em pessoas que não estão com a pele íntegra ou que possuam sinais e sintomas de infecção ou inflamação na área a ser tratada, além disso é importante evitar em algumas situações:

-> Em casos de febre;
-> Gravidez;
-> Quando há feridas no local a ser tratado;
-> Durante a quimioterapia;
-> Em caso do indivíduo possuir doenças do colágeno, como quelóide por exemplo;
-> Prótese metálica na região a ser tratada;
-> Caso o(a) paciente possua pacemaker;
-> Quando há hipertensão arterial;
-> Diabetes (pela alteração da sensibilidade no local a ser tratado).

A sua indicação se difere para as diferentes áreas do corpo. No caso da radiofrequência no rosto, em tratamento das linhas de expressão, elas podem desaparecer logo no primeiro dia e nas rugas mais espessas a partir da 5ª sessão haverá uma grande diferença. Já a radiofrequência no corpo, quando o objetivo é eliminar gordura localizada e tratar a celulite, dependendo da sua graduação, de 7 a 10 sessões serão necessárias para observar o resultado.

Lembre-se: O uso dessa técnica é contraindicado para o período pré-operatório!


Mitos sobre as drenagens linfáticas

Existem alguns tipos de mitos que circulam o campo da drenagem linfática, abordar eles é primordial para que os iniciantes da área já sejam introduzidos sabendo o que realmente acontece e o que não procede dentro desse tipo de massoterapia.

Observe alguns mitos e posteriormente as explicações que refutam a sua ideia:

  • Mito 1: Grávidas não podem fazer nenhum tipo de drenagem linfática.
Este é um mito bastante famoso, como as grávidas não podem realizar a radiofrequência foi repassado essa ideia para todos os outros tipos de drenagem. Contrário a isso, as drenagens linfáticas manuais são bastante indicadas para o melhoramento de inchaços e edemas, principalmente na região dos pés.

  • Mito 2: Após o parto, está liberada a realização das drenagens linfáticas.
Não é indicado!  É importante esperar pelo menos três meses após o parto para realizar a terapia linfática

  • Mito 3: A drenagem linfática emagrece.

A drenagem linfática não emagrece pois não há perda de gordura ou massa magra, ela diminui as medidas, elimina o inchaço e auxilia na eliminação das linfas.

  • Mito 4: A drenagem linfática tem cobertura dos planos de saúde.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), depende do objetivo final. A drenagem linfática é obrigatória quando indicada para tratamento do mau funcionamento da circulação linfática, causada por doenças ou por consequência delas. Já quando o objetivo é um tratamento estético a cobertura dos planos de saúde não é obrigatória.

  • Mito 5: A drenagem linfática não interfere na TPM.
A drenagem linfática pode ajudar na redução dos sintomas do período pré-menstrual, como por exemplo a dor nos seios, o inchaço do abdômen e a dor pélvica. Além disso, a drenagem pode promover um relaxamento do músculo e ter efeito anestésico, o que dá uma sensação agradável e promove a diminuição da enxaqueca e outras dores.


Este artigo pertence ao Curso de Básico de Massoterapia

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