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Validade Lógica

A validade lógica diz respeito a qualidade de um argumento em que a conclusão segue logicamente das premissas fornecidas.

Um argumento é válido se a verdade das premissas garantir a verdade da conclusão, independentemente do conteúdo das proposições envolvidas.

A validade lógica está relacionada à estrutura lógica do argumento e não ao conteúdo específico das proposições.

Exemplo:

Premissa 1: "Se hoje haverá prova (P), então amanhã é dia de descanso (Q)."

Premissa 2: "Hoje haverá prova (P)."

Conclusão: "Amanhã é dia de descanso (Q)."

Este argumento é logicamente válido, pois a conclusão segue logicamente das premissas.

Tabela da verdade

Dentro do que diz respeito a validade lógica, existem algumas ferramentas que podem ser utilizadas para oentendimento de premissas.

Uma delas é a  tabela da verdade, uma representação tabular de todas as possíveis combinações de valores de verdade para uma proposição composta ou uma função lógica. 

Ela é usada na lógica matemática e na álgebra booleana para mostrar como o valor de verdade de uma proposição ou função lógica depende dos valores de verdade de suas proposições componentes.

A tabela da verdade é composta das seguintes colunas:

Proposições componentes: Esta coluna lista as proposições individuais que compõem a proposição composta ou a função lógica.

Valores de verdade das proposições componentes: Para cada proposição componente, esta coluna mostra todos os valores de verdade possíveis, que geralmente são Verdadeiro (V) ou Falso (F).

Valores de verdade da proposição composta ou função lógica: Esta coluna mostra o valor de verdade resultante da proposição composta ou função lógica para cada combinação de valores de verdade das proposições componentes. Os valores geralmente são representados como V ou F.

Aqui está um exemplo simples de uma tabela da verdade para a proposição "P E Q" (onde E representa a operação lógica "E" ou "AND"):

P Q P ∧ Q

V V    V

V F    F

F V    F

F F    F

Neste exemplo, "P e Q" é verdadeiro (V) apenas quando tanto P quanto Q são verdadeiros (V), e é falso (F) em todos os outros casos. 

Viu? Com a tabela da verdade você tem uma melhor visualização dessa relação de maneira sistemática.

Isso é particularmente útil em situações em que é necessário avaliar a validade de argumentos lógicos, simplificar expressões booleanas ou compreender o comportamento de circuitos lógicos em eletrônica digital.

Raciocínio Dedutivo

O raciocínio dedutivo é um tipo de raciocínio lógico em que se chega a uma conclusão específica a partir de premissas gerais ou universais. 

Ele é baseado na ideia de que, se as premissas são verdadeiras e a estrutura do argumento é válida, então a conclusão deve ser necessariamente verdadeira. 

O raciocínio dedutivo é muitas vezes usado para demonstrar a validade de teoremas, argumentos e declarações. 

O raciocínio dedutivo se concentra na validade lógica das conclusões e é uma ferramenta fundamental para estabelecer argumentos sólidos e demonstrar teoremas e proposições.

Esse tipo de raciocínio possui a seguinte estrutura:

Premissas: São afirmações ou proposições gerais que são consideradas verdadeiras e que servem como a base do raciocínio dedutivo.

Regras lógicas: São regras ou leis da lógica que são aplicadas para conectar as premissas à conclusão de maneira válida.

Conclusão: É uma afirmação específica que se segue logicamente das premissas e das regras lógicas aplicadas.

Exemplos de raciocínio dedutivo 

Exemplo 1:

Premissa 1: Todos os seres humanos são mortais.

Premissa 2: Michelangelo é um ser humano.

Conclusão: Portanto, Sócrates é mortal.

Neste exemplo, as duas premissas são afirmações gerais aceitas como verdadeiras. 

O raciocínio dedutivo aplica a regra lógica de que, se todos os seres humanos são mortais e Michelangelo é um ser humano, então Michelangelo é mortal. 

Lembre-se que a conclusão segue logicamente das premissas e da regra lógica.

Exemplo 2

Premissa 1: Todos os múltiplos de 2 são números pares.

Premissa 2: 28 é um múltiplo de 2.

Conclusão: Portanto, 28 é um número par.

Neste exemplo, as premissas são baseadas em princípios matemáticos estabelecidos. O raciocínio dedutivo aplica a regra lógica de que, se todos os múltiplos de 2 são números pares e 28 é um múltiplo de 2, então 28 deve ser um número par.

Exemplo 3 

Premissa 1: Todos os ângulos internos de um retângulo somam 360 graus.

Premissa 2: Este é um retângulo.

Conclusão: Portanto, a soma dos ângulos internos desse retângulo é 360 graus.

Neste exemplo, as premissas são afirmações sobre propriedades geométricas. O raciocínio dedutivo aplica a regra lógica de que, se todos os ângulos internos de um retângulo  somam 360 graus e o objeto em questão é um retângulo, então a soma dos ângulos internos desse retângulo deve ser 360 graus.

Raciocínio Indutivo

O raciocínio indutivo é um tipo de raciocínio lógico no qual se chega a uma conclusão geral com base em observações ou evidências específicas. 

Ou seja, em vez de garantir a verdade da conclusão, o raciocínio indutivo fornece um grau de probabilidade.

Este raciocínio parte de exemplos ou casos específicos para tirar uma conclusão geral, mas essa conclusão não é necessariamente verdadeira.

O raciocínio indutivo é útil para fazer generalizações e previsões com base em evidências disponíveis, mas sempre envolve um grau de incerteza, pois não garante a verdade da conclusão. 

Portanto, é importante reconhecer as limitações do raciocínio indutivo e estar aberto a revisar as conclusões à medida que novas evidências surgem.

A estrutura do raciocínio indutivo é a seguinte:

Observações ou Evidências: O raciocínio indutivo começa com um conjunto de observações, exemplos ou evidências específicas.

Padrão ou Tendência: Com base nessas observações, é identificado um padrão, tendência ou generalização que sugere que algo é provavelmente verdadeiro de maneira geral.

Conclusão Geral: A conclusão é uma afirmação geral que se baseia na generalização feita a partir das observações, porém essa conclusão não é necessariamente verdadeira, pois pode haver exceções.

Exemplos de raciocínio indutivo 

Exemplo 1

Observação: Todas as borboletas que vimos até agora são azuis.

Padrão: Há um padrão de que as borboletas são azuis com base em nossas observações.

Conclusão Geral: Todas as borboletas são azuis

Neste exemplo, o raciocínio indutivo sugere que todas as borboletas são azuis com base nas observações feitas. No entanto, esse raciocínio não é infalível, pois em outros lugares do mundo existem borboletas de outras cores

Exemplo 2 

Observação: Em uma pesquisa, 90% dos entrevistados disseram que gostam de comer chocolate.

Padrão: Há um padrão de que a maioria das pessoas gosta de comer chocolate com base na pesquisa.

Conclusão Geral: A maioria das pessoas gosta de comer chocolate.

Neste segundo exemplo, o raciocínio indutivo parte de uma pesquisa específica para fazer uma generalização sobre as preferências das pessoas em relação ao chocolate. No entanto, a generalização é baseada nas respostas da pesquisa e não pode ser considerada verdadeira para todas as pessoas.

Exemplo 3

Observação: Nos últimos verões, sentimos a temperatura quente”

Padrão: Existe um padrão de tempo quente nos verões”

Conclusão Geral: Provavelmente teremos mais um dia de tempo quente no próximo verão”

Neste exemplo, o raciocínio indutivo usa as observações recentes do tempo para fazer uma previsão sobre o clima futuro. No entanto, essa previsão é baseada em tendências anteriores e pode não se concretizar devido a mudanças imprevistas no clima.

Lógica de argumentação

A lógica de argumentação é uma habilidade crucial no nosso dia a dia, tendo em vista que nos ajuda a avaliar e criar argumentos eficazes em uma variedade de situações. 

Esta forma de lógica difere da lógica formal, que lida com regras rígidas de inferência.

Aqui, devemos nos concentrar na qualidade e eficácia dos argumentos usados em comunicação, persuasão e tomada de decisões informais.

Os argumentos são estruturas comuns em nossas interações diárias e consistem em premissas, que são afirmações ou evidências que sustentam uma conclusão, que é a afirmação principal que se busca estabelecer. 

Para um argumento ser convincente, suas premissas devem ser relevantes e plausíveis, e a conclusão deve ser uma inferência lógica das premissas.

A validade é um conceito central na lógica de argumentação. Um argumento é considerado válido quando a conclusão segue logicamente das premissas. 

Todavia, a validade, por si só, não garante a solidez de um argumento. 

Um argumento é sólido quando suas premissas são verdadeiras, tornando a conclusão verdadeira também. Portanto, a análise crítica dos argumentos não se limita apenas a sua estrutura lógica, mas também à veracidade de suas premissas.

Além disso, é essencial reconhecer as falácias, que são erros de raciocínio ou argumentação que podem tornar um argumento inválido ou enganoso. 

Existem diversas falácias, como a falácia do espantalho, que envolve distorcer as opiniões do oponente, e a falácia ad hominem, que se baseia em ataques à pessoa em vez de aos argumentos.

Nessa realidade, a lógica de argumentação é utilizada para garantir que nossas escolhas sejam fundamentadas em raciocínio sólido e não em argumentos falaciosos. 

A lógica de argumentação desempenha um papel crucial na retórica, debate, jornalismo e persuasão. 

No direito, por exemplo, a base de qualquer caso é a argumentação. Advogados, juízes e outros profissionais jurídicos precisam construir argumentos sólidos para defender seus pontos de vista. 

A lógica ajuda a organizar e estruturar esses argumentos de forma coerente e consistente.

Advogados e promotores precisam ser capazes de persuadir juízes e júris de que suas interpretações e argumentos são os corretos. 

Uma argumentação lógica e convincente é essencial para alcançar esse objetivo.

Como você pode perceber, a lógica de argumentação nos ajuda a comunicar de maneira eficaz, a avaliar a qualidade dos argumentos que encontramos e a tomar decisões informadas. 



Este artigo pertence ao Curso de Raciocínio Lógico Básico

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