Como Manter uma Administração Salarial Saudável?
A estrutura salarial é feita após um Plano de Cargos e Salários. Essa estrutura demanda planejamento porque é necessário que os cargos já estejam classificados para que haja uma tabela salarial. Nela, constará também faixas salariais e a definição dos níveis salariais.
Esses dois últimos elementos são cruciais pois quando determinadas devem incluir uma boa amplitude que possibilite a transição salarial, isto é, torna possível que a pessoa que ocupa o cargo comece com um salário em x valor, que ele comece com um salário previamente determinado para o cargo seguindo acordos sindicais ou que a base desse valor seja o piso salarial já estabelecido na legislação.
Outra característica que define a estrutura salarial é a harmonia entre os fatores internos e externos. Ou seja, é o equilíbrio entre a complexidade do cargo ou as funções desempenhadas pelo colaborador sem esquecer da estrutura externa que seria o que o mercado de trabalho aponta como valores justos de pagamento para esse mesmo cargo em questão.
É importante saber disso porque o que determina se uma administração salarial é saudável ou não é a definição da estrutura desse salário. É preciso que as características dele sejam compatíveis com o ambiente e estrutura organizacional, com as necessidades exigidas por condições internas e, especialmente, com a qualificação.
A administração salarial deixa menos “pontas soltas” e mais definições no que cerca a determinação de valores para os salários. Essa é a transformação do qualitativo para o quantitativo. A transformação é feita a partir de técnicas e métodos mensuráveis.
Um dos maiores problemas da administração salarial insalubre é a inflexibilidade. No contexto da gestão de salários, a falta de flexibilidade impede que valores, atributos e a função compensatória dos colaboradores sejam considerados.
Essa não-consideração é muito comum em técnicas quantitativas porque envolvem parâmetros mais rígidos. Mas acontece que não precisa ser necessariamente assim, especialmente se você quiser fazer a diferença.
Veja a seguir algumas das práticas mais eficientes para manter uma administração salarial saudável:
- Construção de cargos mais amplos: Os cargos que abarcam as características do colaborador têm a capacidade de liberar o potencial e a capacidade dele. Assim, é possível promover um salário mais junto.
- Desfixação de amplitudes salariais: A amplitude salarial não pode ser fixa e sim maleável. Sabemos que a fixação é comum por conta dos critérios técnicos mensuráveis, mas isso não é ideal para o mercado de trabalho. O ideal é que os colaboradores possam aproveitar o seu tempo no cargo, se desenvolver e conseguir galgar um cargo ainda melhor. ● Faixa salarial com teto flexível: Essa é uma prática facilitadora do progresso salarial para um colaborador extremamente competente, por exemplo.
- Épocas para reajustamento e revisão de faixas salariais mais flexíveis: Não há grandes problemas para datas predeterminadas para esse reajustamento ou revisão, mas elas precisam ser flexíveis para contemplar todos os colaboradores.
- Comunicação e transparência: Questões salariais não precisam ser tratadas com tanta confidência. Não precisa e não deve porque o que realmente é esperado em relações empregatícias é um clima de abertura em que haja um conhecimento amplo e comunicação transparente para que o colaborador se sinta confortável em participar de movimentos decisórios que o envolve. Sendo assim, a melhor forma é “quebrar o tatu” e estabelecer 16 costumes, como a divulgação salarial, para o verdadeiro entendimento do salário e do seu valor.
Além de tudo isso, algumas das principais vantagens da administração salarial saudável é que ela ajuda a atrair talentos, mantê-los, apoiar o processo de tomada de decisões e criar uma vantagem competitiva para que a organização tenha ainda mais destaque.
Este artigo pertence ao Curso de Gestão de Cargos e Salários
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