ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR
Alimentação do pré-escolar
A velocidade de crescimento da criança nesta etapa é ainda menor do que a da fase anterior havendo, então, diminuição das necessidades nutricionais e do apetite.
▪ A quantidade ingerida de comida pode variar.
▪ Alimentos aceitáveis hoje podem ser refutados no dia seguinte por mera questão de capricho.
Neste último caso, os pais devem intervir de maneira coercitiva, pois hábitos assim podem desembocar em distúrbio alimentar real perdurando em fases posteriores da vida.
Assim, é importante conhecer alguns aspectos da evolução do comportamento alimentar na infância:
▪ Há neofobia (aversão a novidades) em crianças em fase de formação de hábito alimentar. Para que haja aceitação, deve-se oferecer o mesmo alimento de oito a dez vezes para estabelecer aceitação.
▪ O apetite é variável e relacionado a fatores como: idade, condição física e psíquica, atividade física, temperatura ambiente, ingestão na refeição anterior, entre outros.
▪ Crianças preferem alimentos de sabor doce e calóricos. Logo, cabe aos pais estabelecerem limites.
▪ A criança tem direitos fundamentais sobre sua alimentação. Assim, ingerem a quantidade que necessita, expressa preferências e aversões e decidem o modo como querem comer (uso de utensílios).
Logo, se a criança recusa veemente um alimento, é ideal que a família o substitua por um de mesmo valor nutricional.
▪ Recompensas, chantagens, subornos e castigos para forçar a criança a comer devem ser atitudes evitadas por parte dos pais.
▪ As refeições e os lanches devem ser servidos em horários fixos diariamente com intervalos regulares.
▪ É importante estabelecer tempo para cada refeição. Se a criança não come neste período, deve-se encerrar o momento e oferecer outro alimento somente no momento da próxima refeição.
▪ As porções dos alimentos devem ser servidas de acordo com o grau de aceitação da criança.
▪ A sobremesa não deve ser oferecida como recompensa e, sim, como mais uma preparação da refeição.
▪ Líquidos devem ser controlados durante as refeições, pois distendem o estômago dando sensação de saciedade de forma precoce.
▪ Refrigerantes, salgadinhos, doces e balas não precisam ser proibidos, mas devem ser consumidos em horários adequados e em quantidades suficientes para não atrapalhar a próxima refeição.
▪ A criança deve ser estimulada a comer sozinha, porém deve haver supervisão para que não haja engasgos.
▪ Já é o momento de envolver as crianças no preparo das refeições e escolhas dos pratos.
▪ Deve haver preocupação com a quantidade de gordura ingerida limitando o consumo de gorduras tipo trans e saturadas e estimulando o consumo de gorduras monosaturadas e poliinsaturadas, especialmente na forma de ômega-3.
▪ Alimentos ricos em ferro, cálcio, vitamina A e D e zinco devem ser oferecidos. A carne deve ser dada em pequenos pedaços e com consistência macia. A criança deve ser estimulada a mastigar e a engolir, e não apenas chupar o caldo.
Este artigo pertence ao Curso de Obesidade na Infância e na Adolescência
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