Existe um catálogo oficial em que a maioria das formas de bonsai estão registradas e utilizamos esse registro como base dos estudos de bonsai para construir esse módulo didático. Como você já pode perceber, as formas dos bonsais são dadas por meio de cortes, podas e condução do fluxo de nutrientes (torniquete). A seguir, trouxemos algumas das principais modelagens de bonsai utilizados nessa arte de cultivo milenar.
Chokkan: este é um dos modelos mais simples de modelagem de bonsai. Consiste em uma árvore que apresenta o tronco vertical e galhos pequenos direcionados para o ápice. Os ramos da planta ficam sempre dispostos quase simetricamente, para que assim seja possível conseguir as formas piramidais. Este tipo de modelo é característico de espécies de coníferas com maiores dimensões.
Moyôgi: a maior parte das folhagens dessa árvore se encontram na vertical, no entanto, a beleza deste tipo de bonsai está concentrada no seu tronco, que é desenvolvido em espiral e apresenta copa mais densa. O Moyôgi é o tipo de bonsai rústico que remete a estéticas da dinastia chinesa, por isso é muito comum encontrar esse tipo de artes nas feiras e convenções para a expansão da cultura asiática no Brasil.
Shakan: esse é um modelo que consiste na disposição de um tronco simples, que deve estar inclinado para a direita ou para a esquerda. Os seus galhos apresentam uma disposição razoavelmente uniforme, mas devem ser mais longos no sentido contrário da inclinação do tronco para garantir a harmonização da peça.
Kengai: o modelo mais complexo de árvore de bonsai. A sua estrutura se apresenta em forma de cascata, por isso as árvores Kengai normalmente levam anos para serem moldadas, conferindo a elas alto valor comercial. Os galhos são pendentes abaixo do limite inferior do vaso.
Han-kengai: esse também é um modelo complexo de bonsai, derivado do exemplo citado anteriormente. O Han-kengai é apresentado em estilo de cascata parcial. Difere-se do Kengai apenas pela intensidade da queda,que é menor, sendo seus galhos dispostos no mesmo nível que o vaso.
Bunjin: este estilo de bonsai tem o objetivo de imitar os ideogramas chineses. De maneira geral trata-se de uma arte elegante, porém simples, onde as folhas só se encontram no topo do tronco. A formação do Bunjin não exige grande complexidade para adquirir sua modelagem.
Yose-ue: duas ou mais árvores ficam reunidas em um recipiente, formando um conjunto equilibrado em sua integração. Normalmente, esse modelo é utilizado em peças que desejam simular cenários naturais como florestas ou jardins. As árvores utilizadas não podem apresentar troncos muito largos, ou a composição ficará desequilibrada.
Hokidachi: um dos modelos mais fáceis de serem encontrados. Trata-se de uma árvore vertical onde os galhos crescem com aparência de vassoura, com uma estrutura de copa bem formada. Elas também são muito utilizadas para compor artes de releitura de cenários.
