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Conceitos de Planejamento Turístico

O raciocínio é a principal característica que diferencia os seres humanos dos demais animais. O ato de pensar faz com que o homem esteja sempre buscando sanar suas necessidades. No que tange ao planejamento turístico é preciso considerar a complexidade da atividade turística e a gama de variáveis envolvidas.

A busca de resultados positivos e a possibilidade de se alcançar um futuro desejado faz com que o conceito de planejamento seja demasiadamente utilizado na atividade turística, fazendo com que este processo seja amplamente discutido por estes estudiosos da área. 

O planejamento é um processo ativo e uma atividade dinâmica, não é estático, e possui muitos fatores concomitantes que necessitam ser analisados e coordenados para se alcançar um objetivo possível e satisfatório. É um processo que precisa ser constantemente repensado após o alcance dos objetivos traçados.

Nessa perspectiva, planejamento é a organização sistemática de um conjunto de ideias e decisões, de forma integrada. Consiste na definição de objetivos, ordenação dos recursos materiais e humanos, na determinação de métodos, tempo, indicação de localização espacial. É uma ação voltada para o futuro.

Nesse sentido, quando se trabalha com planejamento de turismo, é importante uma maior sistemática, pois o turismo implica o fluxo de pessoas, receptividade. E nessa relação, há circulação de receita, construção de equipamentos e oferta de serviços de apoio. Assim, planejamento requer pesquisa social, pessoal qualificado, compreensão do problema e conhecimento de métodos científicos.

É a partir do planejamento que é possível estabelecer condições favoráveis para alcançar objetivos propostos. A finalidade do planejamento turístico está em ordenar as ações humanas sobre uma localidade turística, bem como direcionar a construção de equipamentos e facilidades, de forma adequada, evitando efeitos negativos nos recursos que possam destruir ou afetar sua atratividade. O planejamento turístico também está vinculado a uma transformação previamente orientada pelos interesses da comunidade.

Um planejamento turístico deve movimentar os benefícios sócio-econômicos e minimizar os custos, visando o bem estar da comunidade receptora e a rentabilidade dos empreendimentos do setor. A atividade turística possui, como a maior parte das atividades econômicas e sociais, a capacidade de promover impactos de ordem positiva e negativa na estrutura econômica do local e no modo de vida da população residente.. Além de que isso pode significar a conscientização da população para a importância do turismo.

È baseado nisto que, diversos estudiosos vêm se preocupando em tornar pública a importância da preservação e do planejamento, de forma concreta e permanente. Os incentivos à estimulação da efetiva parceria entre órgão de preservação e turismo são cada dia mais comuns. Isto por que o conceito de sustentabilidade vem tendo uma grande divulgação. De certo, convencer a comunidade da importância da preservação não é tarefa simples. Para isso, os planejadores necessitam mostrar, com exemplos reais, que com a revitalização a cultura é reforçada e que todos são beneficiados.

O envolvimento da comunidade define o rumo do planejamento que, se não conta com apoio desta, está fadado a declinar. Cada tipo de recurso requer uma forma específica de intervenção. Existem áreas como parques naturais, que pedem preservação permanente, e que o turista possui áreas restritas de visitação, para garantir a sobrevivência das espécies. Cada vez mais sabemos que, para garantir a qualidade desta atividade, a solução é colocar em prática alguns dos principais objetivos do planejamento turístico: 

  • prover os incentivos necessários para estimular a implementação de equipamentos e serviços turísticos, tanto para as empresas públicas como para as privadas 
  • minimizar a degradação dos locais e recursos sobre os quais o turismo se estrutura e proteger aqueles que são únicos
  • capacitar os vários serviços públicos para atividade turística, a fim de que se organizem e correspondam favoravelmente quando solicitados
  • garantir a introdução e o cumprimento dos padrões reguladores exigidos da iniciativa privada 
  • garantir que a imagem da destinação se relacione com a proteção ambiental.
O resultado esperado por parte dos órgãos planejadores do turismo é de que as cidades receptoras consigam a sustentabilidade econômica, preservem a cultura e o meio ambiente e garantam a aprovação por parte da comunidade.

Adotar uma política pública relacionada ao turismo, onde esteja explícito estratégias de fomento, apoio e delegação de responsabilidades é o conjunto básico de vantagens que se pode ter com o planejamento, evitando o desperdício e descontinuidade de atividades por parte das lideranças.

O ato de planejar determina os objetivos a serem atingidos e a maneira como alcançá-los, ordenando ações e estabelecendo prioridade. É a decisão do que fazer, como fazer e quem deverá fazê-lo. É composto por uma sucessão de planos vigentes por determinado período de tempo, dependentes ou não, adaptados continuamente aos cenários interno e externo, assumindo riscos calculados através da previsão de cenários e situações.

Nesse momento são determinados objetivos como o tipo de turismo que se quer promover, qual mercado conquistar e os meios pelos quais eles acontecerão. O aproveitamento da localidade pelo turismo requer um mapeamento com as zonas passíveis de serem utilizadas, estabelecendo-se um número adequado de visitantes por determinado período, garantindo a integridade do ecossistema. Desse modo, a convivência do meio ambiente com o turismo se faz possível e sadia. O desenvolvimento sustentável na prática da atividade turística é uma premissa fundamental.

Os órgãos oficiais de Turismo têm de criar e monitorar um inventário turístico que contenha informações viáveis e pertinentes sobre os atrativos, conservação, manutenção e utilização, localização geográfica, meios de acesso e os sistemas de transporte disponíveis.

E dentre os vários itens presentes neste inventário identificar os pontos chaves de sucesso para o desenvolvimento da atividade. Dessa maneira, os investimentos acontecem de forma adequada, pois, estão voltados nas áreas em que é interessante o fluxo de turistas.

O turismo é prejudicado pela existência de áreas más estruturadas e serviços de má qualidade, por isso deve haver melhorias na infraestrutura das áreas de interesse turístico, pois a falta de estética arquitetônica prejudica a realização da atividade. Por essa razão, a importância de normas sobre o uso do solo, com parâmetros que estabeleçam padrões de construções, orientando as expansões urbanas.

O transporte é outro fator que precisa ser priorizado com projetos e estruturas de apoio, como construção e manutenção de rodoviárias, estações, aeroportos; rodovias, estradas e ferrovias que precisam ser funcionais, ter boa sinalização e possuir manutenção adequada.

Estradas de acesso a lugares turísticos precisam de cuidados específicos, projetos paisagísticos e sinalização clara dos atrativos, além de equipamentos que tragam comodidade, como estacionamento, restaurantes ou lanchonetes, lojas de souvenires.

A melhoria também deve acontecer nos serviços prestados em segurança, sistema de saúde, transporte, serviços gerais (energia elétrica, iluminação pública, abastecimento de água, redes telefônicas), limpeza, manutenção, e os demais serviços vitais a comunidade residente e aos turistas.

A atividade turística está conectada ao bem estar social. Uma sociedade que dispõe de infraestrutura básica e de apoio organizadas de forma eficiente estará mais apta a propagar sua imagem de maneira positiva.

De forma sucinta, a função básica do planejamento é otimizar os recursos urbanos, naturais, artificiais e culturais existentes de acordo com as premissas da sustentabilidade, e incrementar a demanda turística de forma racional nos espaços disponíveis para o exercício da prática de atividades turísticas.


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