O nebulizador pesado desempenha um papel crucial no programa de controle do Aedes aegypti, pois permite o manejo espacial do vetor por meio da nebulização de inseticida em pequenas gotículas.
A eficácia desse método depende da produção de gotículas com tamanho específico, geralmente entre 5 e 25 micras, que representam 85% do volume total. Essa faixa de tamanho é considerada ideal para alcançar o máximo impacto no controle do vetor.
Para garantir a eficácia do tratamento, é necessário ajustar a vazão do nebulizador de acordo com o produto utilizado e realizar coletas periódicas das gotículas para uma contagem estatística.
Isso permite monitorar a distribuição das gotículas e ajustar a regulagem do nebulizador conforme necessário, garantindo que a maior parte delas se enquadre na faixa de tamanho desejada.
Esse processo de ajuste e monitoramento é essencial para assegurar que o controle do Aedes aegypti seja efetivo e minimize os riscos para a saúde pública.
Fonte: adaptado Brasil (2019b)
- Equipamento termonebulizador portátil
O equipamento termonebulizador portátil é uma ferramenta utilizada para dispersar inseticidas através de uma névoa que geralmente envolve a vegetação. Funciona através da pulsação ressonante com um ressonador que atinge altas temperaturas, e o inseticida é injetado na extremidade de saída do tubo.
No entanto, esse equipamento apresenta um alto risco de acidentes relacionados a queimaduras, devido às altas temperaturas envolvidas no processo. Isso exige que os operadores sejam capacitados adequadamente para operar o equipamento com segurança.
Além disso, os Agentes de Combate a Endemias (ACE) que operam esses equipamentos estão expostos a diversos tipos de riscos, o que pode resultar no desenvolvimento de doenças e agravos à saúde.
Isso ocorre principalmente devido ao armazenamento inadequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e à falta de um local de trabalho fixo. Como os ACE realizam a maioria de suas atividades ao ar livre, estão sujeitos às intempéries e à violência urbana.
Portanto, os fatores de risco associados ao uso do termonebulizador portátil incluem não apenas os perigos físicos do próprio equipamento, como queimaduras, mas também os riscos à saúde dos operadores devido à exposição a condições adversas de trabalho e à falta de segurança no ambiente urbano.
Esses fatores destacam a importância de fornecer treinamento adequado, equipamentos de proteção adequados e condições de trabalho seguras para os ACE.
Fonte: adaptado Brasil (2019b)