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Curso de Agente de Combate às Endemias: História, Funções e Importância
O cargo de Agente de Combate às Endemias (ACE) no Brasil foi criado como uma resposta urgente à necessidade de controlar doenças transmitidas por vetores, especialmente em um cenário marcado pelo crescimento urbano, aumento populacional e falta de infraestrutura básica. Sua origem está profundamente ligada ao combate de epidemias que afetaram a saúde pública ao longo do século XX.
Contexto Histórico
Os Primeiros Esforços de Controle
No início do século passado, o Brasil enfrentou graves surtos de febre amarela e malária. Em áreas urbanas, a febre amarela foi combatida por meio de campanhas de saneamento lideradas por Oswaldo Cruz, enquanto a malária predominava em regiões rurais e florestais. Essas iniciativas envolveram a eliminação de focos de mosquitos e o uso pioneiro de inseticidas.
Novas Estratégias para Novos Desafios
Durante as décadas de 1950 e 1960, o país implementou programas específicos para combater doenças como esquistossomose e doença de Chagas. Profissionais foram capacitados para realizar inspeções domiciliares e aplicar medidas preventivas, estabelecendo as bases do trabalho dos ACEs.
Já nas décadas de 1980 e 1990, o Brasil enfrentou o ressurgimento da dengue, transmitida pelo Aedes aegypti. O aumento desordenado das cidades e a precariedade no saneamento básico agravaram o problema, levando à criação de equipes especializadas para monitorar e controlar os criadouros do mosquito.
Formalização do Cargo
Em 2006, o cargo de ACE foi regulamentado pela Lei nº 11.350, que oficializou suas atribuições. Essa legislação definiu que os agentes seriam responsáveis por ações de vigilância, prevenção e controle de doenças, além da promoção de saúde, consolidando seu papel na saúde pública.
Principais Atribuições dos ACEs
Os Agentes de Combate às Endemias desempenham funções que vão muito além de ações técnicas. Eles são o elo entre a comunidade e os serviços de saúde, garantindo que as medidas de vigilância e prevenção sejam eficazes e duradouras. Como por exemplo:
1. Inspeção e Identificação de Criadouros
Uma das funções mais importantes dos ACEs é a inspeção de áreas residenciais, comerciais e públicas para identificar possíveis criadouros de vetores, como o mosquito Aedes aegypti.
Atividades relacionadas:
Verificar recipientes que acumulam água, como pneus, garrafas, vasos de plantas e caixas d'água.
Identificar áreas de risco, como terrenos baldios e locais com acúmulo de lixo.
Registrar as condições encontradas e documentar locais que precisam de intervenção.
2. Aplicação de Medidas de Controle
Os ACEs são treinados para aplicar técnicas específicas de controle de vetores, utilizando métodos químicos, físicos e biológicos para combater os transmissores de doenças.
Exemplos de medidas:
- Uso de larvicidas: Aplicação de produtos químicos em recipientes que não podem ser eliminados, para evitar o desenvolvimento de larvas.
- Pulverização de inseticidas: Controle da população adulta de mosquitos em áreas com alta incidência de casos.
Controle biológico: Uso de predadores naturais, como peixes, para combater larvas em corpos d’água.
3. Educação em Saúde e Conscientização da Comunidade
Os ACEs são agentes educativos, desempenhando um papel essencial na conscientização da população sobre práticas preventivas.
Atividades educativas incluem:
- Informar moradores sobre como eliminar criadouros de mosquitos.
- Incentivar o uso de telas protetoras e repelentes para evitar picadas.
- Participar de campanhas em escolas e eventos comunitários, promovendo a conscientização sobre saúde e saneamento.
4. Coleta e Registro de Dados Epidemiológicos
A coleta de informações pelos ACEs é indispensável para o funcionamento da vigilância epidemiológica.
O que os agentes fazem:
- Registram dados sobre as condições das áreas visitadas, como presença de criadouros e incidência de casos suspeitos de doenças.
- Preenchem formulários e relatórios que ajudam a mapear áreas de risco.
- Monitoram a evolução das ações realizadas, avaliando sua eficácia.
5. Participação em Campanhas de Saúde Pública
Os Agentes de Combate às Endemias têm participação ativa em campanhas de saúde pública, tais como:
- Campanhas de vacinação: Mobilizam a população e auxiliam na aplicação de vacinas em áreas prioritárias.
- Mutirões de limpeza: Trabalham em conjunto com a comunidade para eliminar focos de vetores.
- Ações emergenciais em surtos: Atuam rapidamente em situações de epidemias, implementando medidas de controle.
Combinando ação técnica e educação comunitária, os Agentes de Combate às Endemias garantem o controle de doenças no Brasil. Seu trabalho vai além da prevenção, promovendo uma consciência coletiva sobre saúde e saneamento, indispensável para o bem-estar e segurança de todos.
Este artigo pertence ao Curso Agente de Combate às Endemias
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