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O papel do Pedagogo Hospitalar

Além de defender o direito fundamental de acesso à educação, o papel do Pedagogo Hospitalar é fundamental para garantir que a criança tenha uma experiência hospitalar positiva. Afinal, sabemos que esse pode ser um ambiente estressante para ela, cabendo ao profissional fazê-la sentir-se o mais confortável possível.

Essa estratégia é essencial para facilitar a transição da criança para o ambiente hospitalar, bem como sua interação com a equipe médica e o tratamento que está recebendo. Sendo assim, o objetivo é humanizar o processo por meio de jogos e atividades terapêuticas para melhorar a comunicação.

Para atribuir o sentido da aprendizagem, constroem-se laços afluentes e comprometidos entre aluno e professor. Isso leva à descoberta de soluções para problemas como o desencorajamento de continuar aprendendo.

Além disso, é importante ressaltar que a escola tradicional como conhecemos não é o único lugar onde a aprendizagem pode ocorrer. O hospital também pode ser um lugar onde muito conhecimento pode ser criado, incluindo a compreensão e o envolvimento com os mundos da leitura e da escrita.

Acompanhamento do desempenho acadêmico

Segundo estudiosos da área, como Fontes (2008), existem duas maneiras pelas quais as crianças hospitalizadas podem se beneficiar da pedagogia hospitalar. O primeiro utiliza a linguagem como meio de comunicação e distração, enquanto o segundo se concentra em conhecer esse ambiente muitas vezes tenso.

Isso ajuda a desmistificá-lo e introduzir outros termos e métodos de cuidado, possibilitando que a criança deixe de lado seus medos e resistências para construir uma confiança com a equipe multiprofissional e o cenário onde está ocorrendo seu tratamento.

Por isso, não importa o local de trabalho, seja escola ou hospital, o papel do educador é apoiar o aprendizado dos alunos. Devido à falta de um local típico que sirva como espaço instrucional em um ambiente hospitalar, o profissional acaba despendendo mais tempo para facilitar a transferência de conhecimento e o acompanhamento do desempenho do estudante.

Dessa forma, o pedagogo nessa área deve trabalhar para identificar as necessidades educacionais do paciente e desenvolver estratégias adequadas à situação em questão, adequando a instrução do paciente.

Desenvolvimento de vínculos emocionais

Quando falamos sobre o caso dos alunos que precisam ficar no hospital por algum período de tempo, principalmente durante o ensino fundamental, é possível dizer que o desenvolvimento físico e mental pode acabar ficando comprometido pelos sentimentos de aprisionamento.

Além deles ficarem reclusos a um ambiente só, a falta do mecanismo tradicional de convivência e desenvolvimento escolar pode ajudar a criarem padrões de dependência, assim como aumentar o sentimento de que sua privacidade está sendo invadida. Esse processo pode também gerar a sensação de perda de privacidade e da autoridade para decidir o que pertence ao seu corpo e aos seus desejos.

Nesse sentido, é importante ressaltar a necessidade de se gerenciar com cuidado o processo de hospitalização, pois, se mal feito, pode resultar em problemas físicos e emocionais que dificultam o tratamento e a recuperação. Outros fatores, como a distância de casa, amigos e familiares, bem como aqueles que afetam fisicamente a criança, contribuem para o sentimento de abandono.

Por isso, ser capaz de lidar com o lado emocional de qualquer paciente ao trabalhar em hospitais é crucial. E essa importância aumenta quando se trata de crianças. Para ajudá-los a lidar com todo o processo, que pode ser bastante traumático, é necessário estabelecer um relacionamento com eles mais aproximado.

Como tal, é papel do educador trabalhar os aspectos emocionais e cognitivos do desenvolvimento infantil, será possível criar um ambiente que estimule as crianças a aprender. Além disso, o vínculo criado pode ser fundamental para que o estudante não se sinta tão sozinho, o que pode facilitar a realização das atividades propostas pelo profissional, melhorando seu desempenho acadêmico e até mesmo sua autoestima.

Trabalho em conjunto com a família e a escola

A família é um aspecto importante para as crianças. Por isso, ao trabalhar em hospitais, é importante que o profissional esteja sempre disposto a colaborar com os familiares para que ela possa apoiar o aprendizado do aluno. Para isso, é necessário compartilhar conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil e teorias pedagógicas.

Além disso, é preciso que o pedagogo hospitalar também trabalhe em conjunto com a escola que a criança estava habituada a frequentar. Dessa forma, ele pode entrar em contato com seu professor e saber quais as matérias, temas e atividades estavam sendo abordadas, para que dessa forma ela possa continuar seguindo com os estudos sem sentir tantas diferenças.

“O pedagogo tem um grande papel a ser desenvolvido no hospital em conjunto com outros profissionais, pois salienta-se que uma criança enferma precisa de cuidados que vão além dos aspectos físicos e biológicos e, por este motivo, diversas áreas do conhecimento se integram em prol da continuidade do desenvolvimento global dos pequenos pacientes. (SOUZA, 2021, apud. GIL; PAULA; MARCON, 2001, p. 113).

Para isso, manter todos os materiais e temas abordados durante os encontros anotados em prontuários irá facilitar a comunicação possível futura quando a criança voltar ao ambiente escolar tradicional. Isso sem contar que também é uma forma de deixar registrado todo o desenvolvimento do paciente para que a família possa acompanhar o processo em conjunto com o pedagogo.


Este artigo pertence ao Curso de Pedagogia Hospitalar

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