Pedagogia Hospitalar na prática
Embora entender as habilidades necessárias que a profissão exige, a forma como as atividades podem ser feitas e tudo mais sobre a teoria da pedagogia hospitalar, é preciso se aprofundar mais em casos reais para entender a dimensão da responsabilidade envolvendo a área.
Para isso, serão utilizadas algumas práticas de alfabetização com crianças em hospitais, utilizadas na Classe Hospitalar do Serviço de Hemato-Oncologia do Hospital Universitário Santa Maria/RS (HUSM), produzido por Elinara Leslei e Jamily Charão Vargas.
Nesse sentido, o objetivo do trabalho de alfabetização realizado na classe hospitalar foi reavivar o interesse dos alunos pela aprendizagem, a motivação para aprender e o gosto pela leitura e pela escrita. Além de estimular a criatividade, a autonomia e a superação dos desafios encontrados nesse período de tratamento.
Ao ficar hospitalizado, é quase inevitável que sentimentos de vulnerabilidade, desconforto pela dor e incerteza sobre o futuro cheguem com força quase brutal, e esse processo é ainda mais sentido nos pacientes com pouca idade.
A criança em tratamento passa por circunstâncias ao longo desta fase da vida que dificultam ou interferem no seu desenvolvimento e esse processo pode ser ainda mais intenso caso ele não tenha acesso a uma educação pedagógica de qualidade.
Como criar estratégias eficazes?
Ao pensar nas estratégias a serem empregadas durante as práticas pedagógicas em hospitais, é preciso elaborar os encontros entendendo-os como partes da construção de práticas de leitura e escrita. Sendo assim, é importante notar que cada encontro deve empregar estratégias centradas no aluno baseadas em um planejamento flexível que levou em consideração as circunstâncias do momento.
Dentro do aprendizado já consolidado de cada aluno, diversas atividades podem ser organizadas e utilizadas para motivar o aluno a aprender, caso contrário, as atividades propostas devem ser reorganizadas e/ou substituídas por outras.
Portanto, nos exercícios de alfabetização, uma das metodologias utilizadas baseiam-se nos conhecimentos prévios do aluno. Aqueles que ainda não tinham aprendido o alfabeto participaram do processo inicial de alfabetização. Para aqueles que anteriormente frequentavam a escola com frequência, essa era a fase em que buscavam formas de auxiliar no ensino das disciplinas mais difíceis.
Para isso, planos de ensino podem ser criados e colocados em prática tanto para as crianças que já conheciam o sistema alfabético quanto para as que não conheciam, começando com atividades de lazer como usar e criar jogos e explorar uma variedade de recipientes de texto, desde livros infantis até aqueles encontrados em hospitais.
Este artigo pertence ao Curso de Pedagogia Hospitalar
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