POSTURA CORPORAL
Gestos e identidade corporal
Corpo, este instrumento riquíssimo, que é preciso tê-lo mais, dar-se um tempo, associá-lo com a mente, com o cotidiano com este presente vívido e interino. As experiências desde o acordar de manhã até o dormir no fim do dia são múltiplas e únicas, fazemos muito e este muito repleto das minúcias que só você faz; gestos e maneiras somente seus, executados de maneira mecânica na maioria das vezes, pois já é costume, já não se pensa mais em como fazê-lo e sim qual o tempo gasto para se vestir, tomar café, ministrar aquela reunião ou até mesmo responder aqueles e-mails. Qual a consciência e percepção sobre este executar de movimentos em seu dia? Compreende suas expressões diante de uma apresentação de negócios? A mensagem foi passada com confiança para o cliente? E a postura durante a reunião foi condizente à proposta? Como está sua personalidade? E sua identidade?
A busca de desenvolver o senso da capacidade de entender e reagir às mudanças, a consciência corporal de compreender diferentes formas de expressão, aplicando o recurso desta linguagem não-verbal, o corpo, determinando movimentos corporais que podem transmitir mensagens e intenções. Pesquisando como objetivo o auxílio da percepção de ritmo, postura, impostação, tempo e espaço. Com estas possibilidades a desenvoltura diante do outro, pode se tornar mais clara e viva, aproximando os sentidos corpóreos, proporcionando satisfação vital. Algumas condições levam a maior parte das pessoas a viver atrás de máscaras, a máscara da personalidade, que tenta apresentar aos outros e a si mesmo. A personalidade acaba se tornando tão ajustada a máscara que mecaniza muitas de suas ações e, sua identidade que é pessoal e social, acontece de forma interativa entre o indivíduo e o meio em que está inserido.
Esta não deve ser vista como algo estável e imutável, como se fosse uma armadura para a personalidade, mas como algo em constante movimento. Pela identidade nos apresentamos ao mundo. E, é na personalidade que estão todas as nossas qualidades e essas qualidades são expressas ao mundo através de nossa identidade. Hoje vivemos distantes do agora e, o sucesso está nos bons relacionamentos imediatos. O contato em negociações, no trato com a equipe, para estabelecer a relação com todas estas pessoas, se deve ter uma boa linguagem. E a linguagem não é apenas a fala. A sua postura e os movimentos do corpo são igualmente importantes. Linguagem corporal é uma forma de comunicação não-verbal, quando o indivíduo é capaz de se expressar utilizando o seu corpo, através de expressões faciais, posturas corporais, distâncias físicas e gestos que são de caráter inconsciente ao comunicador.
A linguagem corporal surgiu antes da linguagem verbal, e ainda hoje representa uma das mais importantes formas de comunicação do ser humano. Especialistas afirmam que aproximadamente 93% de toda a comunicação humana são não verbais. 55% da comunicação são feitas sem a utilização de palavras, ou seja, estão relacionadas com posturas, expressões faciais e gestos. A sonoridade e vocalização (tom de voz, ritmo e velocidade de fala) também são importantes e correspondem a 38% das mensagens transmitidas. A nossa postura não só pode mudar a opinião dos outros sobre nós, mas também influencia a visão que temos de nós mesmos. Posturas podem ter impacto positivo ou negativo na nossa auto-estima. Existem vários especialistas que se dedicam ao estudo da linguagem corporal, e podem identificar os verdadeiros sentimentos de uma pessoa, que muitas vezes não coincidem com o que a pessoa fala.
Como a linguagem corporal e a mentira, linguagem corporal da atração, a linguagem corporal e a gestual; é importante não confundir linguagem corporal com linguagem gestual. A linguagem gestual é mais objetiva, sendo que cada gesto tem um significado próprio, que foi estabelecido por convenção. Na linguagem corporal, certa postura ou gesto são mais subjetivos, podendo ou não revelar uma atitude mental ou física. Normalmente, a comunicação verbal (principalmente através da fala) está atrelada com a não-verbal. Por exemplo, quando alguém está narrando uma história (linguagem verbal), inconscientemente, executa movimentos corporais, faciais e variações sonoras que ajudam a transmitir não apenas as informações da narrativa para o interlocutor, mas também as emoções e sensações.
Os estudos referentes à comunicação não-verbal estão relacionados com o espaço e ambiente que o ser humano utiliza ao seu redor para comunicar-se, trata-se também do impacto que as características físicas do comunicador podem provocar no receptor, ou seja, as “primeiras impressões”. Está relacionado com as características sonoras e como estas podem influenciar nos significados de um discurso, a intensidade, volume, velocidade, pausas, são alguns exemplos. Os movimentos executados pelo corpo, destacando as expressões faciais, os gestos e seus significados de acordo com a cultura e contexto de uma sociedade, por exemplo. É possível ter uma postura natural, basta dar-se um tempo de respiro entre si e seu corpo e uni-los, permitir se perceber e criar consciência de seu movimento. Movimentos de dizeres que se complementam, corpo que age e reage, sob muitos reflexos, sejam eles internos ou externos, por onde passar deixar registros, ditados de expressão, Ditado do Corpo.
Estratégias para melhorar o desempenho nas apresentações
1 – Organize o conteúdo em núcleos
As ideias e o argumento da apresentação ficam mais claros quando conectados. Uma boa preparação está totalmente ligada ao domínio do conteúdo. Faça um brainstorming, ou seja, coloque todas as informações no papel. Em seguida, organize-as por núcleos, de maneira a conectar todos esses blocos.
2- Liste informações extras
Tenha sempre informações suplementares, sobretudo, quando a apresentação está condicionada ao tempo. O nervosismo faz com que muitas pessoas falem mais rápido, esgotando o conteúdo antes da hora prevista. Você pode administrar a apresentação também usando bons exemplos.
3 – Ensaie a apresentação
No ensaio, você pode contar com uma plateia especial. É fundamental treinar a apresentação várias vezes em voz alta. Isso vai acertando a fala e dá uma certa tranquilidade ao orador. Avalie como pretende abrir e encerrar o discurso.
4 – Varie o ritmo ao falar
Fale com clareza, articulando bem as palavras. Não as acelere ou as atropele – isso pode atrapalhar totalmente o entendimento do conteúdo. Mas, atenção: para não manter um ritmo lento e monótono, porque dispersa os espectadores, o principal é ter energia, vigor e colorido vocal na hora da apresentação. Fala é música. É preciso usar diferentes ritmos, alturas, harmonias. Seja natural.
5 – Use as mãos em sincronia com a fala
Libere as mãos para dar ênfase à fala. Use as mãos com adequação ao conteúdo falado. E não de maneira repetitiva. Evite os gestos nervosos e não esconda as mãos nos bolsos ou fique de braços cruzados.
6 – Olhe para toda a plateia
Dirija o olhar para o público todo, ainda que não esteja vendo ninguém, e sim uma grande massa. Olhar para um ponto ou uma pessoa só dá a impressão de exclusão do restante dos participantes. Também não olhe para o teto ou para o chão: o olhar desviante demonstra insegurança.
7 – Priorize a fala à leitura do texto
Para manter a plateia atenta, priorize sua explicação espontânea em vez da leitura. Tente ao máximo não ler o que você preparou. Tenha em mãos apenas um esquema, um roteiro com palavras-chave para guiar sua apresentação. O uso da leitura cabe apenas quando se pretende citar alguma frase importante ou relatar datas ou informações estatísticas. Mantenha-se concentrado. E tenha fé e segurança de que tudo vai dar certo.
8 – Mantenha o microfone estável
Se for usar microfone, mantenha a boca sempre na direção dele, como se fosse uma extensão da boca. Muitas pessoas gesticulam com o microfone na mão, e o som fica quebrado.
9 – Use tópicos em slides em vez de textos
Textão no slide? Prefira tópicos concisos, números, citações. Quanto ao recurso do datashow, muitos utilizam-no de maneira equivocada. Escrevem um texto enorme e, no momento da apresentação, leem o que está escrito. Isso é um desperdício de tempo e de recurso, além de subestimar o público que lê o mesmo que o orador. Sem contar que, ao ler, o falante coloca-se de costas para o seu público, cortando o contato visual, necessário para uma boa persuasão. A apresentação que utiliza o datashow deve conter apenas tópicos básicos, citações e imagens ilustrativas.
10 – Não é só isso
Nunca encerre a fala com as expressões ‘É isso!’ e ‘É só!’. São pobres e redutoras. Dá a impressão de que o conteúdo apresentado foi ‘pouco’ ou ‘insuficiente’. Encerre com uma síntese geral, uma frase de efeito ou mesmo um questionamento que leve os ouvintes a refletirem. E cuidado com piadas – elas podem derrubar seu discurso.
11 - Cuidado com a postura
Os gestos e expressões faciais não são os únicos a desembocar significados durante uma apresentação. A maneira como você dispõe os outros membros do seu corpo também fala – e muito. Braços cruzados, mão na cintura ou nos bolsos, pernas muito abertas e por aí vai. Posturas assim passam mensagens subliminares para a audiência na direção de desleixo, falta de disciplina, organização ou profissionalismo.
12 - Busque a neutralidade
A melhor estratégia para evitar isso é apostar em posturas e gestos neutros. O que você busca em termos gestuais deve sempre visar à neutralidade e à complementaridade. Ou seja, a maneira como você usa as mãos ou desloca o seu corpo não pode interferir na história que está contando – antes, deve reforçá-la. Manter as mãos ao lado do corpo, por exemplo, cumpre essa função. Fazer gestos abertos, por sua vez, mostra ausência de proteção e confiança. A conexão com a audiência é mais forte se seu gesto é natural.
Este artigo pertence ao Curso de Oratória e Apresentação em Público
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