Sistema de Freios
O sistema de freios é um dos mais importantes conjuntos de um veículo. Não somente para permitir uma direção coerente, como também para assegurar que os passageiros estejam seguros em caso seja necessária uma parada brusca do veículo.
Entretanto, o que muitos usuários ainda não sabem é que o sistema de freios não é construído para parar o carro necessariamente. Na verdade, os freios são projetados para diminuir a rotação das rodas, até que a peça pare de girar. O processo de frenagem do veículo, dessa forma, depende de fatores que vão além do sistema de freios.
Isto acontece, pois o freio para a roda, e o chão para o carro. É por isso que os pneus são tão importantes para a segurança dos passageiros. Pois é através do atrito que somos capazes de obter uma frenagem mais rápida do veículo, utilizando o contato dos pneus com o chão. Atualmente, existem 02 tipos de freios principais utilizados nos modelos de carros brasileiros. São eles: o freio a disco e o freio a tambor. Além destes existe também um modelo obsoleto de freio mecânico.
Atualmente, o freio mecânico é uma tecnologia pouco utilizada no sistema de serviço dos carros, pois está mais sujeita a desajustes. Sem contar que seu acionamento é mais pesado, ou seja, menos confortável para quem dirige, dessa forma, este sistema não será abordado nesta seção.
Freio a disco:
Atualmente, este é o tipo de sistema mais utilizado no Brasil. Consiste na utilização de discos de freio e pinças deslizantes que se acomodam como “sanduíches”.
De acordo com o Manual Nakata, quando o pedal do freio é pressionado, a força hidráulica do fluido empurra o êmbolo das pinças contra as pastilhas e estas são pressionadas contra uma seção do disco que é envolvida por esse “sanduíche”, criando o atrito necessário para frear seu movimento.
E você deve estar se perguntando: então por que conseguimos acionar o freio sem ocasionar a parada completa do veículo?
Isto acontece, pois quando a pressão no pedal é aliviada, os êmbolos se retraem com a ajuda do anel de vedação do êmbolo, que vai atuar no mecanismo como uma espécie de mola, soltando assim a folga original entre as pastilhas e o disco, que volta a girar livremente. É por este motivo que conseguimos diminuir a velocidade do veículo sem ocasionar a sua parada completa.
Freio a tambor:
O sistema do freio a tambor possui bastante similaridade com o mecanismo a disco. O tambor de freio é uma peça de formato cilíndrico, fabricada em ferro fundido, e tem a superfície interna, que fica em contato com as lonas de freio. A manutenção dos tambores é um pouco mais complexa que as pastilhas, dessa forma, a utilização do freio a disco é muito mais comum no Brasil.
O processo de frenagem do freio a tambor acontece da seguinte forma: quando o pedal do freio permanece sem acionamento, uma válvula do diafragma encontra-se aberta, isso vai permitir que o vácuo gerado pelo motor preencha as duas câmaras.
Entretanto, quando pisamos no freio, a válvula do diafragma se fecha separando as duas câmaras. Enquanto este processo acontece, uma outra válvula localizada na câmara do lado do pedal do freio se abre e permite a entrada do ar atmosférico, multiplicando assim a força que foi aplicada no pedal pelo motorista.
Fonte: Imagem 11.
Freio ABS:
É neste momento que o sistema complementar do ABS entra em ação, funcionando como um auxílio de segurança ao sistema de freio convencional. Entretanto, é importante salientar que o sistema antibloqueio só atua quando este é capaz de detectar o início do travamento de uma ou mais rodas durante uma frenagem de emergência.
Dessa forma, o sistema ABS funciona de modo que: quando o excesso de pressão que poderia travar determinada roda ou rodas é detectado, um modulador entra em ação, controlando o excesso de pressão. Além disso, é importante ressaltar que este sistema só funciona se os sensores instalados nas rodas estiverem em perfeitas condições, para que assim, possam transmitir as informações para o módulo de controle.
Este artigo pertence ao Curso de Mecânica Automotiva Básica
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