Área do Aluno


ou



Atuação no Campo da Reabilitação

A atuação do assistente social no campo da reabilitação pode ser em diferentes âmbitos e com possibilidades e promover ações coletivas e individuais multidisciplinar, seja em instituições públicas ou privadas.

O significado da palavra “reabilitação” é “ação de reabilitar, recapacitar, regenerar”. Ou seja, o assistente social irá promover ações que mobilizem soluções para determinadas questões e problemáticas sociais que interferem no curso de vida pleno do indivíduo.

Algumas áreas que o assistente social pode atuar na reabilitação são: pessoas com deficiência, dependentes químicos, alcoolismo, drogas ilícitas, transtornos psicoemocionais, transtornos alimentares, entre outros.

  • Pessoas com deficiência (PCDs)

O assistente social atua como mediador de ações que promoverão maior acessibilidade para as pessoas com deficiência. Considerando o quadro de deficiências que existem e que podem acometer a qualquer ser humano, o assistente social age em conjunto dos profissionais especializados na demanda desse indivíduo, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos.

Assim, se a demanda em questão for a falta de acessibilidade motora em determinado ambiente, cabe ao profissional do serviço social buscar recursos e ferramentas para proporcionar e conceder o bom exercício social desses indivíduos.

  • Dependentes químicos

A dependência química é uma doença crônica, a qual possui fatores que contribuem na definição disso como uma patologia, porém basicamente é a tolerância e a abstinência.

A tolerância é quando o indivíduo possui a necessidade de ingerir doses sempre maiores para despertar sensações desejadas em contato com o organismo, no caso ele já está adaptado a certas quantidades.

Já a abstinência é quando se manifesta sintomas fisiológicos e cognitivos que são desconfortáveis quando interrompe a aplicação da droga.

A dependência química pode ser resultados de alguns fatores, subdivididos em grupos, que são: biológicos, psicológicos e sociais.

  • Os fatores biológicos: 

São quando há consumo de substâncias que afetam o sistema nervoso central. Visto que o SN é um dos principais responsáveis por liberar o hormônio da dopamina, um neurotransmissor que gera sensações de prazer e que pode ser como um estímulo para o uso da droga que está viciado.

Isso também pode acontecer por questões naturais, visto que a produção de hormônios e de bem-estar é estimulada ao realizar atividades que nos dão prazer, então o uso frequente de entorpecentes, por exemplo, é como o envio de uma mensagem para o cérebro dizendo que o único modo de acessar as sensações que gostamos é através das drogas. Esse uso pode gerar problemas no sistema cerebral de recompensas, pois passa a não produzir nenhum outro neurotransmissor naturalmente, além de ser um prejuízo funcional para o lóbulo frontal, que é o principal mediador de desejos e comportamentos humanos.


  • Fatores psicológicos:

Esses fatores são quando a droga é um fator que proporciona bem-estar e acaba permitindo que o indivíduo faça o uso de substâncias nocivas para se livrar de preocupações emocionais. Ou seja, as drogas são usadas como muletas para fugir da realidade, então sempre que estiver em situações que consideram desconfortáveis, irá recorrer a essa opção. Logo, a dependência química se instala de modo progressivo para antídoto psicológico contra sentimentos e emoções ruins, como o medo, ansiedade, frustrações e outras.


  • Fatores sociais:

O fator social é um grande influeciador da dependência química, visto que mesmo a legislação promovendo algumas ações contra o incentivo à venda e consumo de substâncias lícitas e álcool para menores de idade, ainda é possível ter acesso com facilidade.

Dessa forma, se une esses fatores, se atinge um suporte social adequado e a falta de políticas públicas relacionadas à educação e prevenção, além da necessidade de aceitar determinadas situações e sensações para fugir da realidade e responsabilidade. Então, o assistente social entra nesse campo com ações que irão promover atividades que permita o afastamento desses indivíduos dos ambientes que facilitam o acesso e contribuem para a dependência.


  • Alcoolismo

O assistente social atua contra o alcoolismo promovendo ações que os faça compreender as motivações, sejam emocionais, psicológicas, sociais ou familiares que estão influenciando ao uso frequente de álcool.

Essas análises e reflexões podem ser realizadas individualmente e em grupo, como os grupos especializados conhecidos como AA (Alcoólicos Anônimos) que podem ser promovidos por psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais habilitados para essas atividades. Essas reuniões ajudam o indivíduo a expor suas emoções de forma que não se sinta julgado, visto que está em um grupo com pessoas que têm as questões sociais como eles e que também busca por ajuda e tratamento para ser reabilitado para sua família, amigos, trabalho e sociedade.


  • Transtornos psicoemocionais

A atuação do assistente social para reabilitação do indivíduo com transtornos psicológicos ou emocionais que, de alguma forma, dificultam a interação social. Seja condições de crises de ansiedade, depressão, TDA, TDAH, Transtorno do Espectro Autismo, Borderline, Transtorno Bipolar, Esquizofrenia, entre outros. O assistente social não necessariamente atua diretamente para mecanismos de inserção desse indivíduo na sociedade, mas atua junto aos profissionais, como psiquiatras e psicólogos, para que encontrem as melhores alternativas de reabilitação desse indivíduo na sociedade de modo que ele se sinta confortável e preparado para essas interações.



Este artigo pertence ao Curso de Serviço Social Básico

Faça o Curso completo grátis!!
Cursos Escola Educação © 2014 - CNPJ: 50.389.088/0001-53 - 2024. Todos os direitos reservados