OS GATILHOS MENTAIS NAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL

Baseando-se no fato de que as pessoas tomam decisões, primeiramente, no inconsciente e apenas depois elas vêm à consciência, fica evidente a eficiência dos gatilhos mentais. Afinal, diante de uma rotina cansativa o cérebro se acostuma a um mecanismo de filtragem para validar escolhas que não dependam de um trabalho de reflexão.

Os gatilhos mentais são acontecimentos passados que têm a capacidade de produzir sintomas emocionais favoráveis ou desfavoráveis nas pessoas.

Quando as estratégias de marketing são bem estruturadas, o alvo irá reagir aos gatilhos mentais fazendo com que a pessoa reviva aquele momento do passado por alguns segundos. Referências e imagens podem suscitar esse efeito positivo.

Os gatilhos são ativados por um ou mais dos cinco sentidos (paladar, audição, visão, olfato e tato). No Marketing Digital a visão e a audição são mais comumente usadas. A partir da combinação de ambas a marca pode despertar o interesse de compra.

Gatilhos Mentais Através de Princípios

Há princípios que irão ativar os gatilhos mentais dentro do Marketing Digital. São alguns deles:

▪ Princípio da Reciprocidade

Quando algo é dado sem se pedir nada em troca, o indivíduo se sente obrigado a retribuir o favor de alguma forma.

Isso pode ser facilmente associado à produção de conteúdo de valor fornecida pela marca para os usuários no topo do funil através de landing pages, blogs ou alguma outra mídia digital. Como essa informação especial foi dada gratuitamente para a pessoa, ela se sente na obrigação de retribuir mais tarde efetuando a compra.

Também, quando um brinde é dado junto à primeira compra, o cliente se sente na obrigação de voltar.

▪ Princípio da Autoridade

O fornecimento de conteúdos que sejam valiosos e demonstrem de forma confiável autoridade no assunto relacionado ao ramo da marca também entra neste princípio.

Tanto o comportamento da empresa no atendimento ao cliente quanto a qualidade de seus serviços ou produtos são essenciais para gerar confiança no público.

A partir do momento em que as pessoas tratam a marca como referência o princípio da autoridade facilitará a ativação dos gatilhos mentais.

▪ Princípio da Prova Social

O ser humano tende a gostar daquilo que outras pessoas gostam, independentemente do produto ser bom ou não. Assim, a empresa pode angariar depoimentos positivos de seus clientes e divulgá-los nas mídias digitais.

Indicar os produtos mais bem vendidos e o motivo pelo qual as pessoas recorrem a eles também aumenta a popularidade.

▪ Princípio da Novidade

A novidade estimula o cérebro e isso é algo em potencial a ser explorado no consumidor. O Marketing Digital permite, de forma barata, o lançamento de teasers anunciando que em breve novidades serão apresentadas.

Anunciar novidades periodicamente mantém o público ativo.

▪ Princípio da Escassez e da Urgência

Provocar a escassez e  a urgência ativa o sentimento de risco iminente de perder uma boa oportunidade de comprar algo.

No Marketing Digital expressões como "últimas unidades" e "por tempo limitado" suscitam uma taxa alta de interesse no consumidor.

▪ Princípio da Relação Dor x Prazer

A dor e o prazer orientam as decisões que as pessoas tendem a tomar. Por instinto, as pessoas procuram se afastar da dor numa proporção maior do que se esforçam para se aproximarem do prazer.

A partir do CRM a empresa poderá ter uma ótima base do que suas personas almejam ou repelem. Assim, a abordagem pode se basear na forma como o produto ou serviço pode resolver aquele problema que causa dor/incômodo. Ou seja, a marca estará apresentando a solução e, por consequência, será gatilho para sensação de prazer.

▪ Princípio do "porque"

Ainda que os gatilhos mentais estejam associados às respostas inconscientes e automáticas do cérebro humano, a mente tende a procurar respostas racionais para justificar as tomadas de ação.

Se não há uma explicação para determinadas chamadas para ação (como quando se usa o princípio da escassez e da urgência), o público pode desconfiar que a marca apenas esteja recorrendo a uma estratégia de venda.

Por isso, é válido explicar o motivo do produto ser limitado, por exemplo.