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A história da Depilação

Como tudo nessa vida, a depilação também possui um contexto histórico e, por isso, é passível de análise e comparações no nosso momento de estudo e aprofundamento.

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a depilação é uma técnica já utilizada há muito tempo e por vários povos diferentes, acompanhando sempre a tendência da época em questão. Apesar de não ser uma prática hodierna, a tecnologia envolvida teve seu maior crescimento no século vigente.

Seu início, segundo historiadores, se deu com a iniciativa de solucionar infestações de carrapatos e piolhos, mas teve muita vaidade envolvida também!

Aqui podemos entender que todos os povos possuem alguma ligação com a depilação em determinado período. Até mesmo os indígenas, que foram taxados inicialmente como se tivessem nascido sem pelos, mas depois foi descoberto que as índias os raspavam com a espinha do peixe-lixa.

Mas enfim! Vamos entender um pouco mais na linha do tempo da depilação:

Egito Antigo

Os primeiros registros mais consolidados da remoção de pelos em nós, humanos, foram encontrados no Egito Antigo. Nesse período da história, a técnica se baseava no uso de argila, mel e sândalo (representado na imagem abaixo), o compilado desses ingredientes resultou em uma versão inicial da cera, denominada de “cera egípcia”.

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Os textos do período descrevem que Cleópatra, rainha do Egito, mergulhava tiras de pele de animal, ou tiras de tecido, em cera de abelha quente, que já configura outro tipo de cera, para remover os pelos do corpo.

Uma curiosidade excêntrica, é que não só as mulheres se preocupavam com a remoção de pelos, como também os homens daquele período. E não era apenas pelo corpo que se usavam essas técnicas, mas também a raspagem da cabeça, imposta pelo uso de perucas.

As ceras eram utilizadas assim como as lâminas para esse fim, inclusive antigos instrumentos de depilação por lâminas, como as da imagem abaixo, foram encontradas em tumbas antigas.

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Grécia Antiga

O método utilizado na Grécia Antiga se baseava na remoção dos pelos utilizando a própria mão, e para que isso fosse suportado pelas moças, era comum a ingestão de bebida alcóolica (como o vinho) momentos antes do ato.

Posteriormente, foi elaborado um instrumento para retirar creme depilatório à base de vegetais, argilas e cinzas juntamente aos pelos. O Estrígil era feito de metal curvado e possuía em torno de 30 centímetros de comprimento, como mostra a imagem.

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Na Grécia Antiga, a segregação entre homens e mulheres deu-se início, já que era com o “intuito” de diferenciar os corpos femininos dos masculinos. Inclusive as mulheres virgens eram depiladas como uma espécie de ritual antes do casamento, já o homem deveria manter sua estética corporal com pelos.

Nas esculturas da antiguidade clássica, são apenas representadas as mulheres que carecem de pelos. Neste momento, essa característica era unicamente masculina e começou a ser associada com a virilidade e masculinidade.

 Império Romano

Por outro lado, neste período da história, os pelos representavam desprezo e vulgaridade, e era socialmente necessário remove-los muito provavelmente pelo hábito comum de banhos públicos dessa época, se assemelhando a nossa realidade de ir à praia, porém sem nenhum tipo de roupa. Sendo assim, a prática era aplicada por todos: mulheres, homens, pobres e ricos.

Nosso conhecimento não se baseia em boatos, porém a circulação de informações que afirmam a presença de soda cáustica na formulação de seus cremes depilatórios é incisiva.

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Idade Média

Contrariando tudo o que abordamos até agora na linha do tempo, essa época também era comumente conhecida como idade das trevas, e como o próprio nome sugere, era na Idade das Trevas em que muitas ações eram taxadas de pecaminosas.

Sendo assim, hábitos como tomar banho e se depilar, diferente do Império Romano, eram proibidos e condenados, e se fosse descoberto algo relacionado à higiene, esta pessoa era condenada e taxada como bruxa.

Todas essas questões eram levadas em consideração por conta da religiosidade envolvida na época, já que o catolicismo intitulava os pelos como sinal de castidade.

E apenas a partir do século XIV, no período renascentista, que os artistas voltaram a retratar a ausência de pelos nas mulheres em suas pinturas, e utilizando a mão para cobrir a região genital como mostra abaixo a obra “O nascimento de Vênus” de Sandro Botticelli.

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Século XIX

Trazendo oposição completa à Idade das Trevas, a chegada do impressionismo possibilitou a aceitação dos pelos femininos, e esses passam a ser algo representado pelos artistas em suas obras plásticas, não como algo impositivo, mas sim como uma opção de cada um com seu corpo.


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Apesar de ter iniciado a naturalização com os pelos, a popularidade da depilação era comum e estava associada principalmente à beleza, higiene e estava relacionado com os fatores sexualmente atraentes.

Século XX

A moda dessa época influenciou muito no assunto depilação, já que os vestidos perderam suas mangas com o intuito de trazer uma maior mobilidade para a mulher, que adentrou à indústria. Com isso, os editorias decidiram que as axilas deveriam estar limpas e depiladas para usufruir dos novos vestidos, como na imagem, caso contrário seria taxado como indecência. Apesar disso, os registros da época retratam em sua maioria mulheres com vestidos de mangas longas.

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E com isso, as sobrancelhas, buço e axilas eram aceitas de maneira depilada, e essa característica era “vendida” como sinônimo de higiene e beleza. Sendo assim, a comercialização desse padrão começou com as vendas de serviço de depilação nas revistas femininas do Brasil, por volta de 1915.

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Anos 60

Com a chegada da minissaia, o ramo da depilação foi impulsionado, assim como a remoção dos pelos nas mais diversas áreas do corpo. Em contra partida, na mesma época, o movimento Hippie e Feminista defendiam a originalidade e naturalidade do corpo, especialmente o feminino, para se opor à onda da depilação que estava fazendo parte do gosto delas.


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Anos 2000

Como foi visto ao longo da linha do tempo, o ato de se depilar foi e voltou durante a nossa história e, atualmente, a opção da não-depilação ainda é pouco aceita socialmente e vem sendo normalizada. Tudo isso se resume em um único objetivo: para que o livre arbítrio prevaleça, apesar de ser um tabu que ficará em desconstrução por algum tempo.

Mas acima da pressão estética, a remoção dos pelos teve seu avanço tecnológico, proporcionando opções de tratamento menos invasivas e indolores para aquelas que optam pela remoção dos pelos.

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