Desvendando as áreas de risco

As áreas de risco são partes de um território que apresentam características indesejáveis, contribuindo para o aumento da ocorrência de doenças e proliferação de vetores que transmitem essas doenças. A definição dessas áreas parte de uma análise abrangente da saúde e da infraestrutura local.

Podemos identificar uma área como de risco quando há uma série de fatores presentes. Primeiramente, observamos uma saúde deficitária, com um alto número de casos de doenças recorrentes. 

Além disso, é comum encontrar nessas áreas uma grande proliferação de vetores, como mosquitos transmissores de doenças como a dengue, zika e chikungunya. 

A infraestrutura inadequada também contribui para essa classificação, com problemas como falta de saneamento básico, abastecimento precário de água e destino inadequado do lixo.

Para identificar e abordar essas áreas de risco, os Agentes de Combate às Endemias (ACE) realizam uma série de procedimentos durante suas visitas domiciliares. 

Primeiramente, selecionam a área no mapa e a dividem em microáreas para uma abordagem mais detalhada. Em seguida, identificam locais coletivos importantes na área, como escolas, creches, comércios e instituições de longa permanência, que podem ser focos de proliferação de vetores.

Com base nessa análise, os ACE classificam a frequência das visitas e distribuem os profissionais de forma adequada, priorizando as microáreas com maior presença de vetores. 

Durante as visitas, observam as condições de saneamento, habitação, educação e renda, considerando indicadores de saúde como a proporção de mortes por doença e a taxa de mortalidade infantil.

Assim, a atuação dos ACE nas áreas de risco é fundamental para identificar precocemente os problemas de saúde, implementar medidas preventivas e promover ações de controle de vetores, contribuindo para a melhoria das condições de vida e saúde da população.