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Controle das Doenças: Dengue / Chagas / Leishmaniose e Malária

O controle das doenças, como dengue, Chagas, leishmaniose e malária, é fundamental para proteger a saúde pública e prevenir surtos dessas enfermidades.

1. Dengue

O controle da doença da dengue é uma prioridade de saúde pública em muitas regiões tropicais e subtropicais do mundo, onde o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, é comum. 


Fonte: flickr.com

O controle desta doença envolve uma abordagem multifacetada que combina medidas preventivas, vigilância epidemiológica e intervenções direcionadas para interromper o ciclo de transmissão do vírus.

Uma das estratégias principais de controle da dengue é a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Isso inclui remover recipientes que possam acumular água parada, como vasos de plantas, pneus velhos, garrafas vazias e outros objetos descartados.

A limpeza e vedação adequadas de caixas d'água, calhas e outros locais propícios à proliferação do mosquito também são importantes.

Além disso, o controle da dengue frequentemente envolve o uso de inseticidas para eliminar mosquitos adultos. Esses produtos podem ser aplicados por equipes de controle de vetores em áreas onde há alta infestação de mosquitos ou em casos de surtos da doença. 

No entanto, o uso de inseticidas deve ser feito de forma criteriosa, levando em consideração os impactos ambientais e de saúde pública.

Outra estratégia importante é a utilização de larvicidas para eliminar as larvas do mosquito em estágios iniciais de desenvolvimento. Esses produtos podem ser aplicados em recipientes de água onde as larvas se desenvolvem, ajudando a reduzir a população de mosquitos adultos.

Além das medidas de controle do vetor, a educação da comunidade desempenha um papel fundamental na prevenção da dengue. 

Campanhas de conscientização são realizadas para informar as pessoas sobre os sintomas da doença, medidas de prevenção, como o uso de repelentes e telas em portas e janelas, e a importância de procurar atendimento médico em caso de suspeita de dengue.

De maneira geral, o controle da doença da dengue requer uma abordagem integrada que envolve a participação ativa da comunidade, a eliminação de criadouros do mosquito, o uso criterioso de inseticidas e larvicidas, e a educação pública sobre medidas preventivas. 

Essas medidas visam reduzir a transmissão da doença e mitigar seu impacto na saúde pública. A disseminação e agravamento da dengue no Brasil podem ser atribuídos a uma série de fatores interligados:

1. Condições climáticas favoráveis: O clima tropical e subtropical do Brasil fornece um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. 
As altas temperaturas e a umidade favorecem o ciclo de vida do mosquito, permitindo que ele se reproduza rapidamente.

2. Urbanização desordenada: O crescimento desordenado das cidades brasileiras, muitas vezes sem infraestrutura adequada de saneamento básico e coleta de lixo, cria condições ideais para a formação de criadouros do mosquito. 

Áreas urbanas densamente povoadas, com muitos recipientes de água parada, como pneus velhos, recipientes plásticos e vasos de plantas, proporcionam locais ideais para a reprodução do Aedes aegypti.

3. Movimentação populacional: O Brasil é um país vasto, com uma grande população e uma extensa rede de transporte que facilita a movimentação das pessoas entre diferentes regiões. 

Isso contribui para a rápida disseminação do vírus da dengue, à medida que pessoas infectadas viajam de uma área para outra, levando o vírus consigo e infectando novos mosquitos.

4. Deficiências no sistema de saúde: Em algumas regiões do Brasil, o acesso limitado aos serviços de saúde pode dificultar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da dengue. 

Além disso, a falta de recursos e infraestrutura em certas áreas pode limitar a capacidade das autoridades de saúde pública de realizar campanhas eficazes de prevenção e controle do mosquito.

5. Falta de conscientização e prevenção: Apesar dos esforços das autoridades de saúde para educar a população sobre os riscos da dengue e as medidas preventivas, ainda há uma falta de conscientização em algumas comunidades sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito e buscar atendimento médico ao apresentar sintomas da doença.

Para combater eficazmente a dengue no Brasil, é essencial adotar uma abordagem abrangente que inclua medidas de controle do vetor, melhoria da infraestrutura urbana, fortalecimento dos serviços de saúde e intensificação dos esforços de conscientização da população.

Transmissão

A transmissão da dengue ocorre exclusivamente pela picada do mosquito fêmea infectado da espécie Aedes aegypti. Quando uma pessoa é picada por um mosquito que está na fase de viremia (ou seja, quando o vírus está presente em sua corrente sanguínea), o mosquito se infecta com o vírus da dengue. 

Após um período de incubação dentro do mosquito, que geralmente varia de 10 a 14 dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a outras pessoas através de suas picadas. Ao picar uma pessoa saudável, o mosquito infectado injeta o vírus da dengue em sua corrente sanguínea, iniciando assim o ciclo de infecção.

É importante ressaltar que a dengue não é transmitida de pessoa para pessoa diretamente, ou seja, não é possível contrair a doença pelo contato direto com um indivíduo infectado ou suas secreções. 

Além disso, a dengue também não é transmitida através de alimentos ou da água. A única forma de transmissão é através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado.


Fonte: brasil.gov.br

Etapas de desenvolvimento

O desenvolvimento do Aedes aegypti segue um ciclo de vida que envolve quatro fases distintas:

Fonte: google.com/imagens

1. Ovo: Após a fêmea do mosquito Aedes aegypti realizar a postura dos ovos em recipientes que acumulam água parada, como pneus velhos, vasos de plantas, recipientes plásticos, entre outros, os ovos são depositados próximos à superfície da água. Os ovos são resistentes e podem permanecer viáveis por meses, aguardando condições adequadas para a eclosão.

2. Larva: Quando as condições ambientais são favoráveis, os ovos eclodem e liberam as larvas. As larvas são aquáticas e se desenvolvem na água, alimentando-se de matéria orgânica presente nesse ambiente. Durante esta fase, as larvas passam por vários estágios de desenvolvimento, se alimentando e crescendo até se tornarem pupas.

3. Pupa: Após o estágio larval, as larvas se transformam em pupas. As pupas também são aquáticas, mas são imóveis e não se alimentam. Durante este estágio, ocorre a metamorfose completa da larva para o mosquito adulto. As pupas têm uma aparência distinta, com corpos curtos e redondos, e são facilmente reconhecíveis na água.

4. Adulto: Após alguns dias no estágio de pupa, ocorre a emergência do mosquito adulto. O mosquito sai da pupa, rompendo a superfície da água, e espera suas asas secarem antes de voar. Os mosquitos adultos são os responsáveis pela reprodução e pela transmissão de doenças como a dengue, a zika e a febre chikungunya.

Este ciclo de vida completo do Aedes aegypti, desde o ovo até o mosquito adulto, pode ocorrer em cerca de 7 a 14 dias, dependendo das condições ambientais, como temperatura e disponibilidade de água. 

Essa rápida reprodução e ciclo de vida curto contribuem para a alta capacidade de proliferação do mosquito.

Sintomas

Os sintomas da dengue podem variar em intensidade e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. Febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulares, fadiga, fraqueza, dor abdominal, náusea, vômito, perda de apetite e manchas na pele são comuns. 

Em casos mais graves, como a dengue grave ou hemorrágica, podem ocorrer sangramento das gengivas, dificuldade respiratória, dor abdominal intensa, vômito persistente, confusão mental e sinais de choque. 

Se você suspeitar que tem dengue ou estiver preocupado com seus sintomas, é importante procurar atendimento médico.

Fonte: google.com/imagens

Ação do ACE

   - Identificação de Criadouros: Os ACEs são treinados para identificar e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Suas atividades de vigilância e controle são essenciais para reduzir a reprodução do mosquito em áreas residenciais e urbanas.


Fonte: flickr.com

  - Educação da Comunidade: Os ACEs desempenham um papel fundamental na conscientização da comunidade sobre a importância da prevenção da dengue, promovendo a eliminação de criadouros, o uso de repelentes e outras medidas preventivas.

   - Monitoramento Epidemiológico: Os ACEs coletam dados epidemiológicos relevantes sobre a incidência de dengue em suas áreas de atuação, ajudando as autoridades de saúde a monitorar e responder a surtos da doença.

2. Doença de Chagas

O controle da doença de Chagas, causada pelo parasita Trypanosoma cruzi e transmitida principalmente pelo inseto vetor conhecido como barbeiro (Triatoma spp.), é uma questão de saúde pública em muitas regiões da América Latina. 


Fonte: google.com/imagens

O controle desta doença envolve uma abordagem abrangente que visa interromper o ciclo de transmissão do parasita e prevenir novas infecções.

Uma das principais estratégias de controle da doença de Chagas é a eliminação do inseto vetor e a redução do contato humano com esses insetos. 

Isso pode ser alcançado por meio de medidas como o melhoramento das condições de moradia, a aplicação de inseticidas em áreas infestadas, o uso de telas em portas e janelas, e a educação da população sobre práticas de prevenção, como evitar o acúmulo de materiais de construção e móveis de madeira.

Além disso, a detecção e o tratamento de casos humanos e animais são fundamentais para controlar a disseminação da doença. Testes de triagem e diagnóstico precoce de infecções por Trypanosoma cruzi são essenciais para identificar casos assintomáticos ou crônicos da doença, permitindo o tratamento adequado e a prevenção da transmissão para outras pessoas.

Outra estratégia importante é a vigilância epidemiológica para monitorar a prevalência da doença em diferentes regiões e identificar áreas de maior risco. Isso permite direcionar as atividades de controle de forma mais eficaz e implementar medidas preventivas específicas em áreas onde a transmissão é mais intensa.

A educação da comunidade desempenha um papel crucial no controle da doença de Chagas, aumentando a conscientização sobre os riscos de infecção e incentivando práticas de prevenção. 

Portanto, as campanhas de educação pública são realizadas para informar as pessoas sobre os sintomas da doença, os métodos de prevenção e a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

Desse modo, o controle da doença de Chagas requer uma abordagem integrada que inclui medidas de eliminação do vetor, diagnóstico e tratamento de casos, vigilância epidemiológica e educação da comunidade. 

Essas medidas visam reduzir a transmissão da doença, prevenir novas infecções e melhorar o manejo clínico dos pacientes afetados.

Transmissão

A doença de Chagas é causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, que é transmitido principalmente por insetos conhecidos como triatomíneos, ou barbeiros. A transmissão ocorre da seguinte forma:

1. Picada do inseto infectado: Os triatomíneos são insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) e podem estar infectados com o parasita T. cruzi. 
Quando uma pessoa é picada por um triatomíneo infectado, o parasita é depositado na pele através das fezes do inseto. Geralmente, a picada ocorre durante a noite, enquanto a pessoa está dormindo.

2. Entrada do parasita no corpo: Após a picada, o parasita presente nas fezes do triatomíneo entra no corpo humano através do local da picada, geralmente através de lesões na pele causadas pelo ato de coçar a área da picada. 

O parasita também pode entrar no corpo através de mucosas, como os olhos, boca e nariz, ou feridas abertas na pele.

3. Multiplicação do parasita: Uma vez dentro do corpo humano, o parasita T. cruzi se multiplica e se espalha pelo sistema linfático e sanguíneo, invadindo vários órgãos, incluindo coração, esôfago e intestinos.

Além da transmissão pelo inseto vetor, a doença de Chagas também pode ser transmitida de outras maneiras menos comuns, como:

- Transmissão congênita: Uma mulher infectada com o T. cruzi pode transmitir o parasita para o feto durante a gravidez ou no momento do parto.

- Transmissão por transfusão de sangue: O parasita pode ser transmitido através de transfusão de sangue contaminado com T. cruzi.

- Transmissão por transplante de órgãos: Órgãos de doadores infectados com T. cruzi podem transmitir a doença para o receptor do transplante.

É importante destacar que a doença de Chagas não é transmitida de pessoa para pessoa, a menos que haja transmissão vertical da mãe para o filho durante a gravidez ou no momento do parto. 

A principal forma de prevenir a doença de Chagas é evitar o contato com os insetos vetores e adotar medidas de controle, como o uso de telas em janelas, inseticidas e o melhoramento das condições de moradia para reduzir a presença dos triatomíneos.



Sintomas

Os sintomas da doença de Chagas podem variar de acordo com a fase da infecção e podem ser divididos em duas fases distintas: aguda e crônica.

Fase aguda:

Durante a fase aguda, que dura algumas semanas ou meses após a infecção inicial, muitas pessoas podem não apresentar sintomas ou podem ter sintomas leves e inespecíficos, o que pode dificultar o diagnóstico. 

No entanto, os sintomas que podem ocorrer incluem:
- Febre
- Fadiga
- Dor de cabeça
- Inchaço ao redor do local da picada (chamado de "chagoma")
- Inchaço dos gânglios linfáticos
- Inchaço das pálpebras
- Perda de apetite
- Náusea, vômito ou diarreia
- Dor abdominal
- Rash cutâneo
- Inchaço das extremidades

Esses sintomas geralmente desaparecem por conta própria, mesmo sem tratamento, e a pessoa entra na fase crônica da doença.

Fase crônica:

A fase crônica pode durar décadas e pode ser assintomática em muitos casos. No entanto, cerca de 30% a 40% das pessoas infectadas podem desenvolver complicações graves da doença anos ou até décadas após a infecção inicial. Os sintomas crônicos podem incluir:

- Problemas cardíacos, como arritmias, insuficiência cardíaca congestiva, cardiomegalia (aumento do coração) e miocardite (inflamação do músculo cardíaco)
- Problemas gastrointestinais, como dificuldade para engolir devido à dilatação do esôfago (megaesôfago) ou do intestino grosso (megacólon)
- Sintomas neurológicos, como dificuldade para coordenar movimentos musculares, convulsões ou comprometimento cognitivo

Esses sintomas podem variar em gravidade e podem ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente. 

É importante ressaltar que nem todas as pessoas infectadas com o Trypanosoma cruzi desenvolverão sintomas crônicos da doença de Chagas, mas aqueles que o fazem podem requerer tratamento médico adequado para gerenciar os sintomas e prevenir complicações.

Ação dos ACE

   - Identificação de Focos: Os ACEs são responsáveis por identificar e notificar a presença de insetos vetores da doença de Chagas, como os barbeiros, em áreas residenciais e rurais.

   - Educação da Comunidade: Os ACEs educam a comunidade sobre os riscos de infecção pela doença de Chagas e promovem práticas de prevenção, como melhorias na habitação para reduzir o contato com os insetos vetores.

   - Vigilância Entomológica: Os ACEs realizam atividades de vigilância entomológica para monitorar a presença e a distribuição dos vetores da doença de Chagas em suas áreas de atuação.

3. Leishmaniose

O controle da leishmaniose, uma doença causada por parasitas do gênero Leishmania e transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos infectados, é um desafio de saúde pública em muitas partes do mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. 


Fonte: google.com/imagens

O controle eficaz desta doença requer uma abordagem abrangente que combina medidas de prevenção, detecção precoce, tratamento de casos humanos e caninos, controle do vetor e educação da comunidade.

Uma das estratégias fundamentais de controle da leishmaniose é o controle do vetor, ou seja, a redução da população de mosquitos flebotomíneos infectados.

Isso pode ser alcançado por meio de medidas como a aplicação de inseticidas residuais em paredes e superfícies onde os mosquitos repousam, a eliminação de habitats de reprodução dos mosquitos, como áreas de vegetação densa e acúmulo de matéria orgânica, e o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas.

Além disso, a detecção precoce e o tratamento adequado de casos humanos e caninos são cruciais para controlar a disseminação da doença. 

Testes de diagnóstico rápido e tratamento eficaz podem ajudar a reduzir a carga parasitária nos pacientes infectados, reduzindo assim o risco de transmissão para outros indivíduos e interrompendo a cadeia de transmissão da doença.

A vigilância epidemiológica desempenha um papel fundamental no controle da leishmaniose, permitindo monitorar a prevalência da doença em diferentes áreas e identificar surtos ou áreas de maior risco. Isso ajuda a orientar as atividades de controle e prevenção e garantir uma resposta rápida a novos casos ou focos de transmissão.

A educação da comunidade é essencial para aumentar a conscientização sobre os riscos de infecção e promover práticas de prevenção. Campanhas de educação pública são realizadas para informar as pessoas sobre os sintomas da doença, os métodos de prevenção, como o uso de repelentes e mosquiteiros, e a importância de procurar atendimento médico em caso de suspeita de infecção.

Portanto, o controle da leishmaniose requer uma abordagem integrada que inclui medidas de controle do vetor, detecção precoce e tratamento de casos, vigilância epidemiológica e educação da comunidade. Essas medidas visam reduzir a transmissão da doença, prevenir novas infecções e melhorar o manejo clínico dos pacientes afetados.

Transmissão

A leishmaniose é uma doença causada por parasitas do gênero Leishmania, que são transmitidos principalmente pela picada de mosquitos infectados do gênero Phlebotomus (no Velho Mundo) ou Lutzomyia (no Novo Mundo), conhecidos como flebotomíneos os flebótomos. 

A transmissão ocorre da seguinte maneira:

1. Picada do inseto infectado: Os flebotomíneos infectados picam uma pessoa ou um animal e introduzem os parasitas Leishmania em sua corrente sanguínea. Os flebotomíneos são pequenos insetos, geralmente de hábitos crepusculares ou noturnos, e são capazes de transmitir o parasita durante a alimentação de sangue.

2. Multiplicação do parasita: Uma vez dentro do corpo humano, os parasitas Leishmania se multiplicam e se espalham para diferentes tecidos do corpo, como pele, mucosas e órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea.

3. Desenvolvimento da doença: Dependendo da espécie de Leishmania e do sistema imunológico do hospedeiro, a infecção pode se manifestar de diferentes maneiras.

Existem três formas principais de leishmaniose em humanos:

- Leishmaniose cutânea: caracterizada por feridas na pele que podem ser úlceras, nódulos ou lesões verrucosas.
- Leishmaniose mucocutânea: afeta as mucosas do nariz, boca e garganta, causando lesões graves que podem levar a deformidades.
- Leishmaniose visceral: afeta os órgãos internos, como baço, fígado e medula óssea, e pode ser fatal se não tratada.

4. Possíveis reservatórios e vetores: Além da transmissão por picada de flebotomíneos, a leishmaniose também pode ser transmitida através do contato com sangue ou tecidos de animais infectados, que atuam como reservatórios do parasita. Os cães são frequentemente reservatórios de Leishmania em áreas endêmicas.



A prevenção da leishmaniose inclui o controle dos vetores, como a eliminação de criadouros de flebotomíneos e o uso de repelentes e roupas protetoras. 

O tratamento da doença geralmente envolve o uso de medicamentos antiparasitários, como antimonial pentavalente, anfotericina B ou miltefosina, dependendo do tipo de leishmaniose e da gravidade da infecção.

Sintomas

Os sintomas da leishmaniose podem variar dependendo da forma da doença e do sistema imunológico do indivíduo infectado. 

As três formas principais de leishmaniose em humanos são a leishmaniose cutânea, a leishmaniose mucocutânea e a leishmaniose visceral. Aqui estão os sintomas comuns de cada uma delas:

1. Leishmaniose Cutânea:

   - Feridas na pele que podem começar como uma pápula ou nódulo vermelho e evoluir para uma úlcera aberta.
   - As lesões cutâneas geralmente têm bordas elevadas e podem ser acompanhadas por dor e inflamação local.
   - As úlceras podem ocorrer em qualquer parte do corpo exposta à picada do inseto, como rosto, braços e pernas.
   - As feridas podem ser únicas ou múltiplas e podem demorar semanas ou meses para se desenvolverem após a picada do inseto.

2. Leishmaniose Mucocutânea:

   - Além dos sintomas cutâneos semelhantes aos da leishmaniose cutânea, podem ocorrer lesões nas mucosas do nariz, boca e garganta.
  - As lesões nas mucosas podem ser destrutivas e desfigurantes, causando deformidades graves no nariz, lábios, boca e tecidos da garganta.
  - Os sintomas podem incluir sangramento nasal, dor ao engolir, rouquidão e dificuldade respiratória.

3. Leishmaniose Visceral:

   - Febre prolongada e intermitente que pode durar várias semanas ou meses.
   - Fraqueza, fadiga e perda de peso inexplicável.
   - Anemia, palidez da pele e mucosas.
   - Inchaço do baço (esplenomegalia) e do fígado (hepatomegalia).
   - Problemas gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia e vômitos.
 - Complicações graves, como sangramento, insuficiência hepática e renal, e comprometimento do sistema imunológico.

É importante procurar atendimento médico se você apresentar sintomas suspeitos de leishmaniose, especialmente se você vive em áreas onde a doença é endêmica.
 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações graves e garantir uma recuperação completa.

Ação dos ACE

   - Controle do Vetor: Os ACEs contribuem para o controle dos vetores da leishmaniose, identificando e eliminando criadouros de mosquitos flebotomíneos em áreas endêmicas.

   - Educação sobre Medidas Preventivas: Os ACEs educam a comunidade sobre medidas preventivas, como o uso de repelentes e mosquiteiros, para reduzir o risco de picadas de flebotomíneos infectados.

   - Vigilância Epidemiológica: Os ACEs coletam dados epidemiológicos sobre casos de leishmaniose em suas áreas de atuação, ajudando as autoridades de saúde a monitorar a incidência da doença e planejando intervenções de controle.

4. Malária

O controle da malária, uma doença parasitária transmitida pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados com o parasita Plasmodium, é um desafio significativo de saúde pública em muitas partes do mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. 


Fonte: google.com/imagens

O controle eficaz desta doença requer uma abordagem abrangente que combine medidas de prevenção, detecção precoce, tratamento de casos, controle do vetor e educação da comunidade.

Uma das estratégias-chave no controle da malária é o controle do vetor, ou seja, a redução da população de mosquitos Anopheles infectados. 

Isso pode ser alcançado por meio de medidas como a aplicação de inseticidas residuais em paredes e superfícies onde os mosquitos repousam, o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas, a drenagem de áreas de água parada onde os mosquitos se reproduzem e o uso de larvicidas para eliminar as larvas dos mosquitos em estágios iniciais de desenvolvimento.

Além disso, a detecção precoce e o tratamento adequado de casos são fundamentais para controlar a disseminação da malária. 

Testes de diagnóstico rápido e tratamento eficaz podem ajudar a reduzir a carga parasitária nos pacientes infectados, reduzindo assim o risco de transmissão para outros indivíduos e interrompendo a cadeia de transmissão da doença.

A vigilância epidemiológica desempenha um papel crucial no controle da malária, permitindo monitorar a prevalência da doença em diferentes áreas e identificar surtos ou áreas de maior risco. Isso ajuda a orientar as atividades de controle e prevenção e garantir uma resposta rápida a novos casos ou focos de transmissão.

A educação da comunidade é essencial para aumentar a conscientização sobre os riscos de infecção por malária e promover práticas de prevenção. 

Campanhas de educação pública são realizadas para informar as pessoas sobre os sintomas da doença, os métodos de prevenção, como o uso de repelentes e mosquiteiros, e a importância de procurar atendimento médico em caso de suspeita de infecção.

Assim, o controle da malária requer uma abordagem integrada que inclui medidas de controle do vetor, detecção precoce e tratamento de casos, vigilância epidemiológica e educação da comunidade. Essas medidas visam reduzir a transmissão da doença, prevenir novas infecções e melhorar o manejo clínico dos pacientes afetados.

Transmissão

A malária é uma doença causada por parasitas do gênero Plasmodium e é transmitida principalmente pela picada de mosquitos infectados do gênero Anopheles. 

1. Picada do mosquito infectado: Quando um mosquito Anopheles fêmea pica uma pessoa infectada com os parasitas da malária, ela ingere os parasitas juntamente com o sangue. Os parasitas se desenvolvem e se multiplicam dentro do corpo do mosquito, migrando para as glândulas salivares do mosquito.

2. Transmissão para o hospedeiro humano: Quando o mosquito infectado pica outra pessoa saudável para se alimentar de sangue, ele injeta saliva que contém os parasitas da malária diretamente na corrente sanguínea da pessoa. Os parasitas então entram na corrente sanguínea do hospedeiro humano e se dirigem para o fígado.

3. Multiplicação dos parasitas: Dentro do fígado humano, os parasitas da malária se multiplicam rapidamente e se reproduzem. Após um período de incubação no fígado, os parasitas são liberados na corrente sanguínea, onde invadem os glóbulos vermelhos e continuam a se multiplicar.

4. Ciclo de vida nos glóbulos vermelhos: Dentro dos glóbulos vermelhos, os parasitas da malária se alimentam de hemoglobina e se reproduzem, eventualmente rompendo os glóbulos vermelhos infectados e liberando novos parasitas na corrente sanguínea. Esse ciclo de infecção dos glóbulos vermelhos causa os sintomas da malária, como febre, calafrios, dores musculares e outros.

5. Transmissão para outros mosquitos: Quando um mosquito Anopheles pica uma pessoa infectada com os parasitas da malária, ele pode adquirir os parasitas e, posteriormente, transmiti-los para outras pessoas saudáveis durante as picadas subsequentes.

A prevenção da malária envolve o controle dos mosquitos vetores, o uso de repelentes de insetos, mosquiteiros tratados com inseticida, profilaxia com medicamentos antimaláricos e outras medidas para reduzir a exposição às picadas de mosquitos. 

O tratamento da malária geralmente envolve o uso de medicamentos antimaláricos específicos, dependendo da espécie de Plasmodium e da gravidade da infecção.

Ação dos ACE

   - Controle do Vetor: Os ACEs participam de atividades de controle do vetor da malária, identificando e eliminando criadouros de mosquitos Anopheles em áreas endêmicas.

   - Distribuição de Mosquiteiros: Os ACEs auxiliam na distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticidas em comunidades afetadas pela malária, proporcionando proteção contra picadas de mosquitos infectados.

   - Educação sobre Medidas Preventivas: Os ACEs educam a comunidade sobre medidas preventivas, como o uso correto de mosquiteiros e a aplicação de repelentes, para reduzir o risco de infecção por malária.

Em todas essas doenças, os ACEs desempenham um papel fundamental na promoção da saúde pública, na prevenção de surtos e no controle da transmissão, ajudando a proteger as comunidades contra os riscos à saúde associados aos vetores dessas doenças.


Este artigo pertence ao Curso de Agente de Endemias

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