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Visitas domiciliares

A visita domiciliar é uma atividade central realizada pelos Agentes de Combate às Endemias (ACE), tendo um importante viés educativo e de engajamento da comunidade na prevenção das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti.

Além de orientar os moradores sobre a eliminação de possíveis criadouros, os ACE também identificam casos suspeitos das doenças e aconselham os indivíduos para buscarem atendimento médico oportuno. 

A presença regular dos profissionais nas residências, especialmente em áreas prioritárias, é crucial para disseminar informações que possam influenciar mudanças de comportamento.

Antes das visitas domiciliares, são realizadas ações de planejamento, preparação e organização, levando em consideração o território de atuação. Essas atividades envolvem diversos atores, como gestores da área de controle vetorial, supervisores de campo e os próprios ACE. 

Durante esse processo, são definidos os locais de atuação de cada equipe e estabelecidas metas de inspeção de imóveis.

É fundamental adaptar o número de visitas e as metas de rendimento de acordo com as características específicas de cada município, considerando fatores como o tamanho dos imóveis, condições climáticas, índices de absenteísmo e carga horária diária dos profissionais. 

Esses parâmetros podem orientar a implementação de estratégias diferenciadas, como o Levantamento Rápido de Índices (LIRAa), que direciona ações para áreas com maior risco de infestação.

De forma geral, os Agentes de Combate às Endemias (ACE) contam com materiais de trabalho armazenados nos pontos de apoio (PA), locais onde as equipes se reúnem antes de iniciar as atividades diárias. 

Esses PA podem estar localizados em unidades de saúde, centros comunitários, escolas, entre outros estabelecimentos, dentro da área de atuação dos ACE.

Os materiais incluem bolsas para armazenar instrumentos como lápis, pranchetas, formulários, pesca-larvas e tubos para coleta de larvas do mosquito vetor, além de inseticidas, equipamentos de proteção individual (EPI) e outros itens, conforme a organização local e as atividades programadas.

A partir dos PA, os ACE partem para a área de trabalho e iniciam a vistoria em domicílios, peri domicilios, imóveis comerciais e terrenos baldios em busca de potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue. 

Caso sejam encontrados criadouros, os ACE orientam os moradores sobre medidas de controle, realizando a remoção ou tratamento químico ou biológico, quando necessário.

Durante as atividades de levantamento de infestação, os ACE também coletam larvas para análise em laboratório de entomologia. Em alguns casos, enfrentam desafios como pontos de difícil acesso, como caixas d'água descobertas, calhas sujas e lajes com problemas de escoamento. 

Para inspecionar esses locais, podem ser necessários equipamentos como escadas e cordas, caracterizando o trabalho em altura.

Considerando a exposição dos ACE a condições climáticas e raios solares durante o deslocamento a pé ou de bicicleta e a extensão das áreas percorridas, é essencial que retornem ao PA ao final do dia para devolver os materiais de trabalho, que não devem ser levados para suas residências. Essa prática visa garantir a segurança e a integridade dos profissionais e da comunidade.

Para realizar inspeções em depósitos de difícil acesso que se enquadram na definição de trabalho em altura, é fundamental contar com equipes especializadas e seguir as disposições legais estabelecidas na NR-35, que define os requisitos mínimos e as medidas de proteção para essa atividade. 

Isso envolve um planejamento adequado, organização e execução, visando garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente.

As equipes especializadas devem passar por avaliação médica que comprove sua aptidão para o trabalho em altura, além de receberem treinamento e terem acesso aos equipamentos de segurança necessários para realizar suas tarefas com segurança.

Durante a execução de suas atividades diárias, os Agentes de Combate às Endemias (ACE) podem estar sujeitos à supervisão direta ou indireta por parte dos supervisores de campo. 

Esses supervisores acompanham as ações realizadas pelos ACE, verificam a qualidade do trabalho e oferecem orientações para melhorias quando necessário. Essa supervisão contribui para garantir a eficácia das atividades e a segurança dos trabalhadores.

Fonte: flickr.com


Este artigo pertence ao Curso de Agente de Endemias

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